Page 17 - REVISTA MULHERES - 22º EDIÇÃO - EXCLUSIVA
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baseadas em evidências, dados e pesqui-
sas”, disse. “Mas tudo isso depende da
candidata”, disse. Além do trabalho re-
alizado pelo Ela Pode, Karin recomenda
outros cursos de formação sobre campa-
nhas eleitorais e atuação de mulheres na
política como o @vamosjuntasnapolitiv-
ca, @votenelas, @institutoupdate e @ins-
titutoalziras.Update e Instituto Alziras.
Rochelle também revelou seu de-
sejo de criar uma escola de cidadania
para mulheres. O projeto, segundo
ela, foi adiado por conta da pande-
mia. O objetivo é ter formação cida-
dã para preparar mais mulheres para
participar da política. “Para mim, o
empoderamento feminino passa pelo
conhecimento”, disse. “Na política, as
mulheres têm sempre que reafirmar
Luciene Fachinelli seu conhecimento. Quando a forma-
ção é falha, isso faz com que as mulhe-
tal termos candidatas que representem a variedade de opiniões que temos na res se submetam a situações absurdas,
população. “Há diversos grupos sociais que não estão sendo representados nos como, por exemplo, candidaturas la-
espaços e isso gera políticas públicas que não funcionam”, disse. ranjas”, contou. Ela aposta em cursos
Para as mulheres de Uberaba, que desejam ingressar na política, Karin re- com uma formação preocupada tam-
comenda encontrar a melhor maneira de falar em suas pautas sem entrar no bém com o emocional. “Precisamos
maniqueísmo. “Estamos precisando de um caminho de políticas públicas mais também de uma formação que passe
por lições de real politik”, concluiu.
Já Luciene, convoca as mulheres da
cidade para lutarem ao seu lado. Ao se
envolver em políticas partidárias para
buscar uma representatividade, seja no
Poder Executivo ou no Poder Legisla-
tivo, ela recomenda que as mulheres
façam primeiro por amor à causa, que
conheçam sua cidade e participem efe-
tivamente da vida de suas comunidades
para saberem onde estão os maiores gar-
galhos. “As que acreditam na política
como ferramenta de transformação e
não têm condições de se prepararem
através de instituições de ensino, po-
dem buscar conhecimento junto aos
grupos políticos partidários, rodas de
conversa, reuniões com grupos e lide-
ranças de bairros, trabalhos comuni-
tários, grupos de estudos e formações
continuadas. E o mais importante,
quando despertadas e orientadas, se-
rem fontes de inspiração para que, cada
vez mais, tenhamos mulheres na políti-
ca e que um dos eixos mais importantes
a serem discutidos sejam POLÍTICAS
PARA MULHERES”, concluiu.
Rochelle Gutierrez
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