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Cartas internacionais
de conflagração, incluindo o perigo de uma guerra mundial nuclear, amea-
çando a existência humana;
• guerras, destruição de meios de subsistência, opressão imperialista, explora-
ção e competição capitalistas matam milhares de pessoas, forçando milhões
a lutar e a migrar. O imperialismo usa as fugas e migrações que causa para
desestabilizar economias e aumentar a competição entre os explorados;
• a República Popular da China e a Federação Russa estão atualmente se
opondo às políticas agressivas dos países que lideram a Otan sem agir de
forma igualmente agressiva. Sua política busca essencialmente a adesão às
leis internacionais, o respeito às soberanias nacionais, a cooperação em vez
do confronto, a estabilidade no lugar da destruição deliberada de Estados e
uma ordem mundial multipolar. Recentemente, isso contribuiu significativa-
mente para prevenir uma mudança de regime na Síria, que ameaçaria condi-
ções como as da Líbia ou do Iraque, assim como evitou um golpe reacionário
contra o governo progressista da Venezuela.
O desenvolvimento internacional, cujo futuro ainda não podemos prever, en-
volve perigos em função do aumento da agressividade do campo imperialista, mas
também oportunidades para as forças de paz e anti-imperialistas.
Nessa situação, as medidas de lockdown associadas à pandemia de coronaví-
rus têm um efeito propagador. A crise econômica, que sobreveio no início de 2019,
recebe um impulso adicional.
As tendências negativas para a classe operária vão se intensificar: no mo-
mento, 23,4% de todos os empregos já são precários. Jovens são afetados de modo
particularmente sério. A pobreza entre velhos será uma consequência. Corporações
alemãs já iniciaram demissões em massa em 2019: 15 mil na Daimler-Benz, 4,3 mil no
Commerzbank, 18 mil no Deutsche Bank, mais de 2 mil na Bosch. O fechamento de
plantas da ThyssenKrupp já foi anunciado. A rede de varejo Real está prestes a ser
desmantelada, e outro grupo varejista, Karstadt Kaufhof, está atualmente passando
por um processo de falência.
A situação excepcional da pandemia está sendo usada como pretexto para
atacar direitos trabalhistas. A classe dominante está se valendo da crise do coronaví-
rus de maneira política e economicamente egoísta.
Medidas de socorro tomadas pelo Estado, como os chamados resgates finan-
ceiros, são direcionadas principalmente a grandes indústrias e bancos. Espera-se que Revista Princípios nº 159 JUL.–OUT./2020
os trabalhadores, funcionários assalariados e pequenas empresas paguem a conta.
Medidas excessivas tomadas durante a quarentena efetivamente prevaleceram sobre
direitos fundamentais como a liberdade de opinião e o direito de reunião, e a proteção
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ao lar foi abolida. A vigilância de celulares e o uso da Bundeswehr (3) para tarefas ofi-
3 N.T.: Forças Armadas alemãs.
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