Page 8 - REVISTA BOAS RAZÕES ED 06
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BR ENTREVISTA
“Eu falo sempre que a Fraternidade
para mim, pessoalmente, é VIDA”.
AUTA MARTINS
MARQUES GUIMARÃES
Texto e Foto Suki Ozaki
É Assistente Social de formação e integra
as equipes de Assistência Social e Orga-
nização de Eventos da Fraternidade Sem
Fronteiras (FSF). Natural de Caarapó (MS),
é aposentada, mas sempre esteve envolvida em
projetos sociais. Ela chegou à FSF em 2010, um
ano após a fundação da instituição, por meio de
uma neta jornalista, que fez o registro fotográfico da
implantação do primeiro centro de acolhimento em
Moçambique. “Vó, você precisa conhecer o Wagner
Moura Gomes e o trabalho da Fraternidade”, disse a
neta ao retornar de uma caravana ao país africano,
e, desde então, ela é a ponte que liga os milhares
de apoiadores da Fraternidade espalhados pelo
Brasil e pelo mundo. o primeiro almoço de massas aqui em Campo
Grande (MS), que foi um sucesso. Eu fui ligando,
Boas Razões – O que significa, para você, esses conversei com um e outro, passei os convites e é
anos caminhados ao lado da Fraternidade? isso que eu gosto: conectar pessoas.
AutA – Eu falo sempre que a Fraternidade para
mim, pessoalmente, é VIDA, porque quando a gente Boas Razões – Como você explica esse cresci-
tem uma causa, um projeto, alguma coisa que você mento da FSF nesses anos todos e mesmo durante
realmente goste, isso te dá forças, te dá vontade a pandemia?
de viver. Se você adoece, já quer sarar logo para AutA – A Fraternidade foi construída principal-
voltar a contribuir, a ajudar. mente com a fé e a amizade, que são uma constante
em todas as áreas da instituição. O Wagner tem
Boas Razões – E qual é o seu trabalho, seu essa fé que contagia a gente e ele vê o que a gente
papel na FSF? não vê e eu aprendi com ele a ter essa fé, de que
AutA - Eu sempre tive facilidade em unir pessoas é possível. Se chegamos a esta grandeza, a este
e meu primeiro trabalho foi arrumar os padrinhos patamar, não resta dúvida de que a fé constrói as
para as crianças do primeiro centro de acolhimento. coisas. Primeiro, eu fiquei surpresa com as amizades
Tínhamos 70 crianças e 32 padrinhos, que eram que ele tinha e a nobreza desses corações. Fazíamos
todos amigos do Wagner. Então, eu liguei um por um os eventos e eles compravam os convites. Depois,
para que eles indicassem outros e assim foi. Agora, fizemos as camisetas e começamos a vender
que estamos retomando o pós-pandemia, fizemos também com facilidade e assim foi.
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