Page 132 - Estudo Urbanístico_Residencial Vila Soma
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2.4. RISCOS EXISTENTES - ASPECTOS URBANÍSTICOS



                  Esta  seção  discorre  sobre  as  condicionantes  técnicas  que  orientam,  interferem,  relacionam-se,
            conflitam ou impõem alguma restrição à realização das atividades inerentes a regularização fundiária.


                  Também  é  necessário  definir  o  que  é  risco,  que  se  refere  à  probabilidade  de  consequências

            prejudiciais,  ou  danos  esperados  (morte,  ferimentos  a  pessoas,  prejuízos  econômicos,  dentre  outros)
            resultantes  da  interação  entre  perigos  naturais  ou  induzidos  pela  ação  humana  e  as  condições  de

            vulnerabilidade. Ou seja, representam algum caráter nocivo à população e/ou meio ambiente.


                  Na Vila Soma, os riscos estão relacionados com os aspectos geológicos e geotécnicos, de áreas de

            inundação e áreas de preservação  permanente e edificações nessas localidades. Não foram levados em
            consideração, neste trabalho, os riscos envolvendo o material construtivo de edificações, como as realizadas
            em chapa de madeira ou, ainda, sua forma, como se as dimensões estão de acordo com as normas técnicas.

            Embora tenha sido observado in loco que essas irregularidades existem, entende-se que não tem o mesmo

            potencial de causar transtornos como os riscos já citados.


                    2.4.1.   Aspectos geotécnicos e geológicos


                  Os riscos relacionados com os aspectos geotécnicos e geológicos dizem respeito à possibilidade de
            ocorrência de escorregamentos, erosão, solapamento de margens, assoreamento, inundação, colapsos e

            subsidências, provocados em um determinado local devido à ação de um processo natural, acelerado ou não
            e/ou por processos antrópicos. Esses acontecimentos podem levar a danos e perdas à integridade física,

            perdas materiais e patrimoniais.


                  Alguns autores diferenciam pontos de risco e áreas de risco, como é o caso de Vieira (2000), que
            classifica os pontos de risco como situações pontuais nos quais devem ser empregadas soluções específicas

            e localizadas, como um maior nível de detalhamento e indicando as situações de risco de cada moradia ou
            local. Já as áreas de risco abrangem maiores porções de terreno, com forma e tamanhos irregulares. Os riscos

            geológicos podem se apresentar em duas situações distintas: como risco atual ou risco potencial. Segundo
            Roque (2013), o risco atual representa as situações de risco já presentes na área ocupada enquanto o risco

            potencial representa a susceptibilidade à ocorrência de risco geológico em áreas ocupadas ou não.





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