Page 100 - Teatros de Lisboa
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Teatro D. Amelia / Teatro Republica / Teatro São Luiz


                     A entrada deste Teatro com iluminação a gás, era feita por uma escadaria de meia laranja. A asa direita
               dava ingresso à plateia e a esquerda sobre o “Jardim de Inverno”. O tamanho da sala de espectáculos era
               semelhante ao do “Teatro Nacional de São Carlos”. Contava com balcão, camarotes de 1ª ordem, 2º balcão,
               camarotes de 2ª ordem e galerias, contando também com um camarote real encimado pelas armas reais. O
               foyer  quase todo em branco  e dourado, tinha as paredes cobertas por espelhos e  painéis  pintados  pelos
               cenógrafos Claudio Rossi e Manini, com decoração estilo Luís XV.













































                     Em 1896, o "Theatro D. Amelia" é equipado com o «Cinematographo»: a «Photographia Animada». Em
               1898,  torna-se residência da  "Companhia Teatral Rosas & Brasão"  e no ano seguinte é apresentada a
               comédia “Lagartixa” pela actriz Ângela Pinto.

                     Na primeira década passaram por este Teatro as  seguintes companhias:  Opera  Lírica de Turpini;
               Companhia  Italiana Gargano; opereta  portuguesa  de Cyriaco Cardoso;  opereta  italiana  Rafael  Tomba;
               Companhia  Portuguesa Taveira; Dora Lambertini;  Sociedade  Artística  Portuguesa de  Lucinda Simões;
               Companhia de Variedades de Edna y Voed; Companhia de opereta italiana de Bonazzo e Milzi; Companhia
               portuguesa do Valle e Lucinda do Carmo; Companhia dramática francesa de Burguet et Antoine entre outras.
               E os seguintes  artistas:  Maria Guerrero, Sarah  Bernhardt, Jane Hading,  Clara Della Guardia, Georgette
               Leblanc, os Coquelin, Anna Judic, Le Bargy, Leconte, Tina di Lorenzo, Antoine Kubelik, Loie Fuller, etc.

                     Em 1909 estreia-se a peça “Os Postiços” de Eduardo Schwalbach. Acerca deste autor Alvaro Lima no
               "Jornal dos Teatros", em 1917 escrevia:
                     «Seja, porém, como for, o que é facto é que Eduardo Schwalbach é, incontestavelmente, entre nós, o
               primeiro homem de teatro. O seu nome  no cartaz é  o melhor réclame que se faz à peça da sua autoria  e
               nunca o público ou o crítico sofre uma desilusão. E não sofre porque tem, de antemão, a certeza de que a
               peça que vai ver tem, pelo menos, os seguintes requisitos: uma ideia que presidiu à sua confecção e que, em

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