Page 90 - Teatros de Lisboa
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Teatro Avenida
cinematográficas, o animatógrafo “Salão Avenida”. Explorado pela “Empreza A. Santos & C.ª”, teria uma
existência curta, encerrando um ano depois de ter sido inaugurado. O seu edifício foi depois reutilizado para
ser o local do depósito da empresa açoreana “Água das Lombadas”, posteriormente sede da “Aero-
Portuguesa” e, finalmente o “Café Lisboa”.
Muitos outros empresários e companhias teatrais passaram por esta sala de espectáculos como: Sousa
Bastos, Drummonde, Ciríaco Cardoso, Edmundo Cordeiro, Cinira Polónio, Salvador Marques, Taveira, Pepa,
José Ricardo, José Saraga, Luiz Galhardo, com toda a espécie e qualidade de espectáculos e elencos,
incluindo companhias francesas, espanholas e mistas (ibérica, luso-francesas).
A grande maioria dos mais de 300 espectáculos (306 registados), apresentados no “Theatro da
Avenida”, desde a sua abertura, foram interpretados por Companhias teatrais das quais se destacaram as
seguintes:
Grande Companhia de Opereta do Theatro Avenida de Lisboa
Souza Bastos & C.ª
Companhia José Ricardo
Companhia Luíza Satanella-Estevão Amarante
Companhia de Zarzuelas Rafaela Haro
Companhia de Opereta em Sociedade
Companhia Cremilda-Chaby Pinheiro
Companhia Aura Abranches
Companhia de Artistas Unidos
Companhia Maria Matos
Empreza José Loureiro
Os Comediantes de Lisboa
Empresa Vasco Morgado
Teatro de Sempre
Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro
Em 1910, o “Theatro da Avenida” é dirigido por Luís Galhardo, que anuncia revistas e operetas. Em
1911, passa a ser explorado pelo empresário Armando Vasconcelos que aí se mantém até aos anos 20 do
século XX. Até 1923, o teatro chega a pertencer a duas das mais prestigiadas empresas: a "Companhia Luíza
Satanella-Estevão Amarante" e a "Companhia Maria Matos- Mendonça de Carvalho", sendo depois tomado
pela “Empreza José Loureiro”.
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