Page 92 - Teatros de Lisboa
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Teatro Avenida
A “Nova Companhia do Teatro de Sempre” seria responsável pela representação das seguintes peças:
“O Mentiroso” (31-10-1958); “O Gebo e a Sombra” (5-12-1958); “O Soldadinho Medroso” (1959); “O Fim do
Caminho” (10-1-1959); “Marido em Rodagem” (6-02-1959); “Seis personagens em Busca de Autor” (03-04-
1959); “Fachada” (18-05-1959).
Outubro de 1962 Fevereiro de 1963
Mas em 1964, o “Teatro Avenida” assumiria novamente uma relevância cultural que constituiria aliás a
sua derradeira fase de actividade. Com efeito, foi neste Teatro que se instalou a companhia do “Teatro
Nacional D. Maria II”, dirigida por Amélia Rey Colaço, - “Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro” - na
sequência do incêndio que, naquele mesmo ano, tinha destruido o “Teatro Nacional D. Maria II”.
Depois de desalojada a “Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro”, são iniciadas a obras de renovação
e melhoramentos no "Teatro Avenida" que culminaram com a sua reabertura em 6 de Fevereiro de 1965, com
a peça "O Motim" de Miguel Franco, e á qual assistiu o Chefe de Estado Almirante Américo Thomaz. A
“Companhia Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro” ali, regressada, ali se manteria, com o estatuto de Teatro
Nacional, até ao inicio da temporada de 1967/1968.
A propósito da estreia desta peça “O Motim”, o “Diario de Lisbôa” escrevia:
«Lisboa regista hoje um acontecimento que está muito para além da rotina das estreias de teatro. No
Avenida, completamente remodelado, apresenta-se o primeiro original português que o Conselho de Leitura
do teatro Nacional Dona Maria II havia escolhido para ser representado, esta temporada. Trata-se da peça "O
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