Page 265 - ANAIS ENESF 2018
P. 265

256

           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           A Territorialização Enquanto Base Organizativa do Processo de Trabalho na ESF: Relato de Experiência de Residentes no Município de
           Guaiuba-CE
           Autores
           PRINC          APRES            CPF                             Nome                                                               Instituição
               x        x    049.263.733-43  Felipe Coura Rocha       Escola de Saúde Pública do Ceará
                             023.645.413-79  Erivaldo Diniz de Melo   Escola de Saúde Pública do Ceará
                             027.532.063-41  Sarah Soares Araújo      Escola de Saúde Pública do Ceará
                             355.488.003-53  Francilete Viana Gomes   Escola de Saúde Pública do Ceará
                             029.931.543-62  Renata Lorena Oliveira Sales  Escola de Saúde Pública do Ceará
                             013.348.803-95  Susy Maria Feitosa de Melo Freitas  Escola de Saúde Pública do Ceará
           Resumo
           A territorialização no âmbito da saúde se apresenta como uma estratégia de organização dos processos de trabalho a partir de uma
           delimitação espacial previamente determinada aonde as ações de saúde serão implementadas (SANTOS, RIGOTTO, 2010). Este trabalho
           objetiva relatar a experiência de uma Equipe Multiprofissional de Residentes da Ênfase em Saúde da Família e Comunidade da Escola de
           Saúde Pública do Ceará, no processo de territorialização do município de Guaiuba-CE. Esta é a etapa inicial de ação dos residentes, visto
           que permite a construção de agendas interdisciplinares. A metodologia utilizada foi a busca ativa por meio de visitas institucionais;
           diálogos com moradores; realização de oficinas práticas baseadas em metodologias ativas; participação na reunião do Conselho de
           Saúde; parceria com o Centro Educacional de Arte e Cultura (CEARC); participação no curso de Educação Popular em Saúde, entrevista
           na rádio local, além de discussões com organizações de relevante papel social, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
           (APAE) e a Associação Pela Livre Orientação Sexual de Guaiuba (APLOSG). A partir das observações e registros foram identificadas
           fragilidades como: vulnerabilidades sociais, com destaque para violência, desemprego e a presença de um lixão; reduzido número de
           profissionais na atenção integral acarretando áreas descobertas das EqSF; dificuldade de logística de transporte; restrito
           saneamento básico; insuficiência de equipamentos e insumos nas UAPS e tênue fluxo de encaminhamento da rede intersetorial. Quanto às
           potencialidades, destaca-se o CEARC, o acolhimento da população, escola profissionalizante, a implantação da residência, profissionais
           qualificados, construção de um polo químico, parceria com outros municípios e com a UNILAB e UECE. Por fim, a territorialização é um
           movimento permanente e processual, visto que o território é vivo, sendo uma realidade dinâmica, complexa e em constante transformação.
           Este movimento se relaciona diretamente com o processo saúde-doença da população, assim como o modo pelo qual cada indivíduo se
           subjetiva no território. Apesar das fragilidades encontradas, a chegada da II turma de residente em saúde da família fortalece o suporte
           pedagógico e assistencial à atenção primária de saúde, especialmente mediante práticas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de
           riscos e doenças. PALAVRAS-CHAVE: Territorialização; Estratégia Saúde da Família; Residência Integrada em Saúde.
   260   261   262   263   264   265   266   267   268   269   270