Page 301 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
BUSCA ATIVA DE COMUNICANTES INTRADOMICILIAR DE HANSENÍASE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 603.526.333-01 MARIA SANDRA BRAGA FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA
046.750.123-88 CÍCERA BRENA CALIXTO SOUSA FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA
604.156.803-10 NAHYANNE RAMOS ALVES FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA
060.886.403-08 DIANA CARLA PEREIRA DA SILVA FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA
002.299.943-42 PRISCILA ALENCAR MENDE REIS FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA
Resumo
INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma patologia infecto-contagiosa de evolução crônica e potencialmente incapacitante, causada pela
Mycobacterium leprae, acomete derme e nervos periféricos, sendo o homem o único reservatório e transmissor por contato direto, através
das vias aéreas superiores de pessoas multibacilares. seu tratamento é disponibilizado apenas pelo SUS. OBJETIVO: Relatar a
experiência acadêmica de busca ativa em comunicantes de hanseníase. METODOLOGIA: Realizado em setembro de 2017, no estágio
curricular supervisionado 1, com uma família residente da regional III do município de Fortaleza. Com a identificação de trabalhadora
doméstica com hanseníase, fez-se a comunicação dos membros familiares para coleta de dados, avaliação dermatoneurológica e
verificação vacinal, respeitando os aspectos éticos e permissão para a coleta de dados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ao ser
comunicado sobre o caso de hanseníase na família do funcionário da Unidade Primária, a equipe da atenção básica realizou a busca ativa
dos comunicantes intradomiciliar para avaliação clínica e a coleta dos dados para identificação do foco de transmissão, que era a
trabalhadora doméstica, relatando ter sido infectada anteriormente por alguém do bairro, pois já havia feito o tratamento,
encontrava-se em tratamento paucibacilar, forma não transmissora, porém foi realizado avaliação dermatoneurológica com inspeção
de todo o corpo dos membros intradomiciliar para identificação de lesões com perda de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil com teste
de monofilamentos e algodão embebido com éter e palpação de nervos com investigação de incapacidades ou deformidades. Não houve a
necessidade de nova dose de BCG. A hanseníase tem tem diagnóstico essencialmente clínico por sinais e sintomas, história clínica e
avaliação dermatoneurológica, com auxílio laboratorial para confirmação. Inicia-se por lesões de pele com alterações de sensibilidade,
acomete qualquer região corporal, podendo apresentar espessamento, dores e insensibilidade de nervos,comprometendo as funções
sensitivas, motoras e autônomas, resultando em incapacidades e deformidades. CONCLUSÃO: A família não estava infectada, sem
necessidade de tomar nova dose de BCG, pois o foco era paucibacilar e em tratamento há mais de 15 dias. Destaca-se a
importância da busca ativa realizada pela Atenção Primária para identificação precoce do foco e de comunicantes para
realização de tratamento e quebra da cadeia de transmissão.