Page 508 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA COMO ESTRATÉGIA DE RASTREAMENTO PARA HANSENÍASE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x 044.150.773-58 FERNANDA ROCHA HONÓRIO DE UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
x 012.896.883-46 RAFAEL GOUVEIA SAMPAIO UAPS OTONI CARDOSO DO VALE
025.195.123-50 VERBENA NUNES CUSTÓDIO DE O PREFEITURA MUNICIPAL DE CAUCAIA
139.001.373-15 KARLA MARIA CARNEIRO ROLIM UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
440.871.443-72 MIRNA ALBUQUERQUE FROTA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
010.457.693-63 FERNANDA JORGE MAGALHÃES UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Resumo
INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, que apresenta alta infectividade, e tem sua transmissão através das
vias aéreas superiores de um doente bacilífero. Além disso, sua detecção em menores de 15 anos indica uma transmissão ativa
e recente da infecção na comunidade, tendo como estratégias de detecção precoce nesse público o Programa Saúde na Escola
(PSE), que visa integrar e articular permanentemente a educação e saúde, favorecendo uma melhor qualidade de vida aos
mesmos. OBJETIVO: Relatar a vivência de uma atividade educativa/rastreamento a adolescentes em uma escola pública municipal
sobre hanseníase. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, realizado por enfermeiros em uma Escola Municipal de
Maranguape, região metropolitana de Fortaleza-CE, no período de abril/maio de 2018. Participaram da atividade 400 adolescentes,
com faixa etária de 10 a 14 anos. A atividade ocorreu em seis encontros, nos turnos manhã e tarde e foram realizados em três etapas:
apresentação profissional/público e educação em saúde sobre os aspectos da doença em sala de aula; avaliação da pele em uma sala
reservada e socialização dos participantes. Ao final das atividades, registrou-se as manifestações observadas e encaminhadas a Estratégia
Saúde da Família (ESF) os casos suspeitos. RESULTADOS: Pôde-se observar a escassez de conhecimentos dos participantes, haja
vista,não saber sobre a doença, transmissão, sinais e sintomas e tratamento. Vale ressaltar que apenas 10 participantes já tinham história
de avaliação de pele, por serem contatos de familiares tratados para hanseníase. Além disso, três adolescentes apresentaram manchas
com alterações de sensibilidade e sem história de casos da doença na família. Os mesmos foram encaminhados a Estratégia Saúde da
Família da área responsável para avaliação médica e diagnóstico final. Observou-se também outros sinais diferenciais, como espinhas
e pitiríase versicolor que afetam diretamente a autoimagem dos participantes. CONCLUSÃO: Evidenciou-se que através do PSE como
estratégia de rastreamento e educação em saúde, novos conhecimentos foram ofertados aos adolescentes, além da detecção de
possíveis casos de hanseníase e o fortalecimento de vínculo profissional/participantes, facilitando assim o cuidado permanente e de
promoção a saúde desse público, haja vista, encontrar-se distante da realidade de atendimento das ESF e que estão em períodos de
transição de crescimento e desenvolvimento.