Page 788 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Estratégia de Organização da Agenda a partir das Necessidades de Saúde da População: Relato de Experiência
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 042.242.963-57 Rafaela Yasmine de Sousa Ferreira UAPS Antônio Jander Pereira Machado
026.938.353-05 Mayara Natercia Veríssimo de Escola de Saúde Pública do Ceará (ESPCE)
044.546.493-32 Alisson Carpino Freitas Escola de Saúde Pública do Ceará (ESPCE)
600.396.573-88 Leandro Igor Ferreira Maia Escola de Saúde Pública do Ceará (ESPCE)
053.045.933-75 Yuri Neyson Ferreira Brito Escola de Saúde Pública do Ceará (ESPCE)
Resumo
Introdução: A organização da agenda é um tema que incita muitas divergências, provavelmente, pelos muitos modelos de conformação já
propostos. Entre o modelo tradicional, o qual privilegia o atendimento a grupos prioritários, negligenciando o atendimento a
indivíduos que não se enquadram nesses nichos, e o modelo avançado, no qual a longitudinalidade é passível de quebra, a
adoção de determinado tipo de agenda deve levar em consideração as características da população que atende, como forma de
garantir que os princípios da longitudinalidade, integralidade e acesso sejam atingidos. Objetivo: O presente trabalho busca evidenciar o
percurso realizado por uma equipe da Estratégia de Saúde da Família em Caucaia na identificação das necessidades de saúde
da população de sua área adscrita como forma de determinar o modelo de organização da agenda mais adequado para a equipe.
Metodologia: Trata-se de um relato de experiência. Os dados foram coletados e tabulados a partir das informações contidas no Boletim de
Produção Ambulatorial (BPA) preenchidos diariamente pelos profissionais da equipe, no período de março de 2017 a março de
2018. Resultados: O BPA trata-se de um instrumento onde se registram os atendimentos realizados pelos prestadores de serviços. Entre os
dados contidos no BPA estão sexo, idade e diagnóstico. A partir da tabulação dos dados de atendimentos realizados nesse
período, foi possível caracterizar os atendimentos realizados, possibilitando uma melhor compreensão das necessidades da população
local.Entre os resultados encontrados, identificou-se que 73% dos atendimentos são do sexo feminino, 49% dos atendimentos são
da população entre 21 e 59 anos e 52% dos atendimentos são da população não portadora de doenças crônicas ou pertencentes a
grupos prioritários. Conclusão: Dado o exposto, sugere-se a adoção de uma agenda mista como estratégia que favoreça o acesso da
população, atendendo as necessidades tanto dos usuários pertencentes a grupos prioritários, quanto dos usuários não pertencentes a
estes grupos, dada a paridade dos atendimentos buscados por ambos os públicos, como identificado no presente estudo.