Page 946 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
A influência da estratégia da saúde da família no estilo de vida dos usuários de unidades de atenção primária à saúde
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x 063.006.763-58 Lucas Nunes Ferreira Andrade UNIFOR
063.146.793-97 Gabriela Guerra Moita UNIFOR
005.485.983-20 Heron Kairo Sabóia SantAnna Lima Unifor
x 076.428.723-05 Ana Osmira Carvalho Saldanha UNIFOR
067.256.903-51 Paula Andrade Neiva Santos UNIFOR
Resumo
Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) funciona como porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo serviços
mais próximos ao paciente. Isso favorece o vínculo com a população e o envolvimento das equipes no cotidiano da comunidade, garantindo
a integralidade da atenção prestada e melhorias na saúde coletiva. Neste estudo, foi aprofundado o princípio da longitudinalidade
do SUS, que engloba características como prevenção e promoção à saúde, e a relação com a saúde do paciente. Esse estudo é
importante para entender o vínculo da equipe de saúde com usuários da Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS), e para mostrar
possíveis melhores que possam ser feitas para a UAPS. Objetivos: O presente estudo objetiva compreender o perfil dos usuários assistidos
por duas UAPS de Fortaleza, analisando a abrangência da equipe multiprofissional e os possíveis benefícios que esta gera em relação a
mudanças nos hábitos de vida dos usuários. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal e quantitativo desenvolvido por alunos do curso
de Medicina durante abril e maio de 2017, em duas UPAS em Fortaleza. Foi aplicado um questionário numa amostra de 481 pessoas. A
construção da base de dados se deu pelo programa Epi Info 7 e foi utilizado o método de análise qui-quadrado. Resultados: Dos 481
participantes, 75,88% eram mulheres e 32,43% do total possuíam entre 18 e 19 anos. 63,47% das pessoas que utilizavam
medicamentos por conta própria não conheciam a Equipe de Saúde da Família (ESF) da região e o X² para essas duas variáveis foi 0,00 o
que sugere uma relação entre a automedicação e a equipe de saúde da família. Ademais, 64% dos que não praticaram esportes nos
últimos 6 meses também não conheciam a equipe. Esses dados sugerem uma carência nos benefícios que a ESF pode gerar para os
hábitos de vida saudáveis dos entrevistados, e, consequentemente, para a saúde coletiva. 63,71% dos entrevistados não conheciam a
equipe responsável pela sua área domiciliar, o que agrava ainda mais essa situação. Conclusão: Concluiu-se que uma grande quantidade
de pessoas não está sendo assistida pela ESF, isso pode estar refletindo negativamente na saúde coletiva. São necessários mais
estudos que abordem o impacto do conhecimento da equipe multiprofissional nos hábitos de vida dos usuários das UAPS, tendo
em vista a necessidade crescente de orientações acerca da prevenção e promoção da saúde.