Page 947 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
ANÁLISE DA MORTALIDADE MATERNA E SUAS CAUSAS NA REGIÃO DE BATURITÉ
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 491.191.333-91 KÁTIA CILENE ANDRADE CARVALHO SQSEUCITRAETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO
091.325.113-53 FRANCISCO FROTA DE SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
140.730.803-34 JOSELI MARTINS DE OLIVEIRA SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
664.237.913-68 NATHÁLIA ROBERTA DOS SANTOS RSREACRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO
104.639.683-87 MARIA FÁTIMA FERREIRA DE Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
Resumo
A Organização Mundial da Saúde define mortalidade mortalidade materna como o óbito de mulheres durante a gestação ou até 42 dias
após o término dessa, decorrente de causas obstétricas diretas ou indiretas. A mortalidade materna é resultante da associação de
fatores biológicos, econômicos, sociais e culturais. De acordo com a classificação das causas de óbitos maternos, as mesmas podem ser
classificadas como, direta, quando ocorre em decorrência das complicações na gravidez, no parto ou no puerpério, ou indireta devido a
doenças anteriores à gestação ou que aconteceram durante a gravidez por causa não obstétricas, porém agravadas pelos efeitos
fisiológicos durante a gravidez. O objetivo deste trabalho é conhecer as causas dos óbitos maternos , segundo a classificação dos mesmos.
A metodologia do estudo é retrospectivo, através da análise do sistema de informação de mortalidade ( SIM ) dos 8 municípios da região de
Baturité e análise das fichas de investigações dos óbitos maternos (ficha síntese, conclusões e recomendações, serviço de saúde
ambulatorial e serviço hospitalar e análise do Comitê Regional de Mortalidade Materno, infantil e fetal e das declarações de óbitos.
Conforme resultados obtidos através do SIM, sistema de informação sobre mortalidade, no período de 2006 à 2016, ocorreram 11 óbitos
maternos na região de saúde de Baturité.Verificamos que 45,5% foram classificadas como morte materna obstétrica direta, devido à
complicações na gravidez, no parto ou no puerpério, 36,4%, como morte materna obstétrica indireta, em decorrência à doenças anteriores
à gestação ou que aconteceram durante a gravidez por causa não obstétricas e 18,1% como morte materna não especificada. Conclui-se
que quando as causas maternas são conhecidas e evitáveis, é possível subsidiar os gestores na elaboração de ações estratégicas que
visem a melhoria na qualidade materna, especificamente na atenção ao ciclo gravídico-puerperal. É importante citar também a
implementação de medidas que qualifiquem e fortaleçam a atenção pré-natal, no momento do parto e estimular o cuidado continuado no
puerpério.