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6559 Comunicação na prestação de Cuidados de Saúde
Formador: Martha vilela Guimarães
Comunicar é uma arte, a maioria aprendemo-lo por ensaio e erro e copiando os
padrões de comunicação de nosso seres queridos e pessoas com que convivemos dia
a dia. As primeiras classes de comunicação lembraram-me as normas de bom ouvinte
e bom falante que me deram na escola. Na escola ensinaram-me a fazer resumos,
essa capacidade de síntese e eu gosto de medir as palavras com uma regra (a palavra
tem muito poder), como ouvinte presto toda a minha atenção, quando me falam muito
e dizem pouco, algumas vezes não consigo entender o que me querem dizer; também
me custa falar por falar, por vezes falado a mais, e acabo por dizer o que não devia.
Considero-me melhor ouvinte que falante e prefiro a comunicação presencial, porque
os atos e os gestos, dão mais credibilidade às palavras. Não tenho necessidade de
convencer ninguém de nada, respeito o ponto de vista do outro ainda que não o
compartilhe, quando estou a falar e não recebo feedback, simplesmente calo-me
(muitas vezes o silêncio como feedback, para mim, é uma falta de respeito, porque se
eu valorizo tuas palavras e tu não valorizas as minhas).
A barreira mais forte tem sido o idioma, aprendi um português básico, as palavras
técnicas parecem-se com as espanholas, mas algumas têm outro significado. algumas
vezes rio-me, porque meus próprios colegas de classes tentam explicar a outros o que
quero dizer e o que dizem não tem nada que ver com o que queria expressar. Por isso
me vejo na necessidade de perguntar muito. Nem falar da forma de pensar, de
expressar os sentimentos até a como valorizam o contacto físico. Acho que devo
começar a falar desde o ego em vez de falar desde o coração, vai ser uma experiência
pouco interessante, mas necessária.
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