Page 17 - LIVRO - A VIDA TEM DESSAS COISAS
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A fase de tratamento passou. As idas e vindas chegaram ao fim. Graças

                  a Deus e aos doutores dentistas, ops. Odontólogos.

                         Fiz  uma  visita  a  meu  amigo dentista  (o da  associação de  moradores)

                  tempos depois, dessa vez para levar minha esposa. O fiz porque o amigo de

                  antes havia deixado em mim uma linda impressão.

                         A clínica do amigo doutor que antes era uma sala numa associação de
                  moradores, do lado de uma via férrea do bairro onde eu morava, agora era


                  luxuosa, bem iluminada. Recebia pagamento em cartão, mas somente de uma
                  vez, tinha secretária, revista para os que aguardavam lerem e outros mimos. O

                  doutor  havia  evoluído  muito.  Será  que  a  gentileza  era  a  mesma  de  quando

                  recém-formado?

                         O  tratamento  era  pra  minha  esposa  não  para  mim.  O  doutor  nos

                  recebeu gentilmente, viu o caso de minha esposa e receitou uma medicação

                  que por não podermos comprar logo, o fizemos dois dias depois. Voltamos e

                  contamos o ocorrido para o amigo. Ele sacou a seguinte frase: por isso, que

                  não gosto de tratar pessoas da periferia.

                         A vida tem dessas coisas.
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