Page 30 - LIVRO - A VIDA TEM DESSAS COISAS
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ANALFABETOS DO CÃO!
Eu já disse em outra crônica que ultimamente tenho sentido muita dó
dos animais, especialmente dos cães, aliás, cão é um sinônimo que considero
muito fresco para cachorro. Fora minha aversão a essa frescura tenho me
tornado muito solidário dos cachorros. Por isso que dei para prestar atenção
nesses seres.
Tem uma parcela da população que gasta soma desorbitante de
dinheiro com pet shops, fivelinha, perfume, roupinha e mimos e mimos para
os cachorros, que acho, perguntasse a eles diriam que tudo não passa de
exibicionismo de seus donos e que eles, os cachorros, detestam! Essa mesma
parcela da humanidade não tem coragem de doar um real para a causa
humana dos que padecem de fome ou outra carência.
Por outro lado tenho ficado muito aborrecido com o analfabetismo de
boa parte da população, ainda mais porque vivemos em tempos de facilidade
de informação. O Google ensina tudo. A frase dá um Google é a mais citada
em muitos casos quando não dispomos de informações precisas.
Uma analfabeta, minha vizinha, resolveu presentear a filha de dez anos
com um cachorrinho. Passeava na calçada com o bebê cachorrinho todos os
dias. Mas o bebê cresceu, fato que ocorre a todos os seres vivos. A filha
desapegou-se do cachorro e a mãe também.
Passava na calçada dela, porque somos vizinhos, e ela me interpela
depois que fiz um carinho no cachorro adolescente: quer? Leva esse
“bichovéi” pra tu. Passou a deixar o cachorro muito tempo na rua na
esperança de algum sinistro a livrasse do cachorro que antes amava.
Fiquei irritado com a atitude dessa mulher que vive o tempo todo
fuçando as redes sociais e não se deu ao trabalho de pesquisar no Google que