Page 125 - ASAS PARA O BRASIL
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qui-silencieusement-mais-surement-devient-pays-emigration-jerome-2324737.html#meH0FltMwjkfmXgS.99)
Em 2017 somos 20800 franceses residentes registrados no
Consulado da França no Brasil
Em Natal, seríamos mais ou menos 300 franceses e franco-
brasileiros. Alguns franceses do exterior são verdadeiros nômades,
principalmente os servidores públicos que se mudam muitas vezes, a cada
três ou cinco anos e para alguns, a cada dez anos.
Estas mudanças repetitivas os obrigam a reinventar constantemente uma
nova vida.
Há dois tipos de expatriados aposentados que deixam a França, os que vão
aos países desenvolvidos geralmente se adaptam porque acham o mesmo
tipo de regras econômicas e o segundo tipo são os que vão morar nos países
emergentes.
Os resultados não são os mesmos nos países emergentes e nos outros
menos emergentes, principalmente no aspecto econômico.
Um grande número de aposentados que têm aposentadorias pequenas
acaba largado, numa situação patética, alguns tentam sobreviver e conheço
alguns que se tornam indigentes.
Quando se vive na precariedade, somos incapazes de pensar em outra coisa
que não seja a necessidade de dinheiro: é a sobrevivência. Os problemas de
saúde são também um fator importante e recorrente nesses países, onde é
melhor não adoecer.
Os médicos praticam preços abusivos e os cuidados são de má qualidade.
A saúde pública é inadmissível num país como o Brasil que se tornou a
sétima economia mundial em 2011.
Em 2014, deveriam ter construído hospitais em vez de estádios de
futebol luxuosos, pouco aproveitados após o final da Copa do Mundo.
Resultado: hospitais sobrecarregados e muitas pessoas que morrem na
entrada dos hospitais, por falta de cuidados.
Eu percebi que para muitos franceses inconscientes, o mundo fora da
França parece com o da metrópole.

