Page 121 - ASAS PARA O BRASIL
P. 121
Os assassinos assassinam ecólogos que lutam contra o desmatamento,
os índios choram em frente à devastação da floresta e a poluição do rio e
moram sufocante tristemente em um mundo que era roubado deles e que
não pertence a eles qualquer mais.
América do Sul é considerada como uma democracia exótica nos olhos do
modernismo, pelos sociólogos e os antropólogos.
Em Brasil, a perda contínua da floresta amazônica não ameaça só a
sobrevivência de espécies animais.
A transformação da floresta em áreas cultiváveis e a prática da agricultura
intensiva nestes zonas precipita o desaparecimento de um equilíbrio
natural e o aparecimento de seca.
De acordo com um estudo da revista americana “Sience”, baseado em
imagens de satélite, o mais afetado das zonas geográficas são a América
Latina com 60% de desmatamento, África 24% e Ásia 16%.
É um desafio para a humanidade proteger a Amazônia.
Quatro milhares de anos atrás, a cultura da papoula com ópio já era
conhecida na Mesopotâmia, ele é agora inexistente - dá algum bálsamo ao
coração.
Relativo a superfície, o Amazônia brasileiro é a vítima maior do
desmatamento anual do planeta.
No Brasil, apesar do estrangeiro falar a língua, e ser casado com uma
brasileira há anos, o único direito que ele tem é o de ter a sua documentação
em dia.
Não podemos esquecer de que não somos mais do que imigrantes mesmo
se a palavra é menos exótica que “expatriado” e que deixamos uma Europa
que parece estar passando por um processo de mumificação.
No meu caso, cheguei ao Brasil em 1940 com um estatuto de refugiado aos
três anos de idade e voltei em 1998, como imigrante ou expatriado.
De todas as formas, é a mesma coisa...
Será que sou Indiana Jones dos tempos modernos? Acho que não.
Muitos motivos diferentes podem levar a ir até o Brasil, certamente muitos
motivos podem te levar a não ir a lugar nenhum, mas o mais importante é
a coragem de tentar.
Então, quantos franceses do exterior, cada vez mais numerosos se tornam
verdadeiros imigrantes?
Somos 20944 franceses registrados no consulado de Brasília em 2017