Page 132 - ASAS PARA O BRASIL
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As principais causas desta situação são uma corrupção galopante e uma
                  justiça ineficiente que gangrenam as mais altas instâncias do governo e do
                  tecido  econômico  e  que  se  espalham  cada  vez  mais  à  luz  do  dia,  e  são
                  violentamente criticadas pela imprensa. O povo está desiludido e atônico.


                  É uma “panela de pressão social” que pode explodir a qualquer momento.


                  A criminalidade é endêmica em todo o país.


                   É preocupante principalmente no Rio de Janeiro (20,2 assassinatos para
                  100.000  habitantes  em  2014)  onde  aconteceram  em  2016  os  Jogos
                  Olímpicos, com o terrorismo em pano de fundo.


                  O Estado do Rio de Janeiro se tornou a Colômbia dos anos 1980 e a DEA
                  (Drug  Enforcement  Administration  dos  Estados  Unidos)  instalou-se
                  ultimamente.


                  Eu respeito seus valores, sua cultura, evitando críticas fáceis e muitas vezes
                  exacerbadas, rudimentares e algumas vezes grosseiras de certos franceses.


                        Com benevolência,  eu  tento  entender o  futuro dos brasileiros e suas
                  preocupações cotidianas.


                  Esse país multicultural vive constantemente sacralizando a beleza física.


                  É a Meca da cirurgia estética. Pode-se dizer que o bumbum é objeto de
                  culto, assim como o “fio dental”.


                  Vivendo  aqui  há  20  anos,  eu  sempre  fiquei  surpreso  de  ouvir  certos
                  cearenses  criticarem  a  má  colonização  portuguesa  e  pedir  a  Portugal  o
                  pagamento de uma dívida social.


                   Ao  mesmo  tempo,  o  Brasil  está  se  tornando  um  neocolonialista  no
                  Moçambique (antiga colônia portuguesa), com a compra de milhares de
                  hectares de terras agrícolas.


                  As antigas colônias francesas também usam esse mesmo discurso fora de
                  moda.


                  No  cenário  internacional,  o  Brasil,  sétima  potência  econômica  mundial,
                  pretende, sem dizer, falar em nome da América do Sul, na qual ele preza a
                  integração regional.
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