Page 5 - Revista Patrimônio
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Iguassú (nessa época, se escrevia com essa grafia – só
depois de 1945 a palavra Iguaçu passou a ser grafada
com ç e sem assento agudo).
Esse ato de criação ocorreu durante o primeiro
governo do presidente Getúlio Vargas. Ele assumiu o
governo brasileiro após a Revolução de 1930, através da
tomada do poder depois de sua derrota nas urnas da
eleição presidencial, ocupando o cargo por um tempo
que durou cerca de 15 anos, passando inicialmente por
um governo provisório (1930/1934), por outro dito
constitucionalista (1934/1937) e pelo momento drástico
do período conhecido por Estado Novo (1937/1945), um
sistema de governo ditatorial.
Logo após a chamada Revolução de 1930, Getúlio
Vargas entre tantas medidas, nomeou interventores nos
estados brasileiros. No Estado do Rio de Janeiro quem
assumiu o cargo foi o professor, magistrado e político Plínio
de Castro Casado.
Como líder na Revolução de 1930, em Nova Iguaçu,
Getúlio Barbosa de Moura depôs o prefeito da cidade e
assumiu o cargo, tomando-o para si. Algum tempo
depois, ele teve um desentendimento com o governo
federal e a cidade foi ocupada por tropas do Exército.
Getúlio Barbosa de Moura foi então afastado do cargo,
sendo anistiado pelo presidente Getúlio Vargas, no ano
seguinte, em 1931.
Ainda em referência à esfera municipal, no caso de Nova
Iguaçu, podemos perceber em sua monografia de
conclusão do Curso de História, Revolução de 30 na
terra da laranja: uma leitura a partir do Correio da
Lavoura, onde Marlene Nascimento diz:
“Assim como Getúlio Vargas é referência da
Revolução de 30 no Brasil, Getúlio de Moura foi o
principal nome da Revolução em Nova Iguaçu.”
O político Manoel Reis, que também teve participação na
Revolução de 1930, indicou o professor Sebastião de Arruda
Negreiro para ser o novo interventor municipal. Nessa época
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