Page 2 - Apresentação do PowerPoint
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AUSÊNCIAS
Sinto o sabor do meu sangue, Ou somente a agreste tortura
Nos lábios. De já nem saber amar!
Dói-me, porém delicia-me, Tento expulsar-me,
Esta adaga, Expulsando-te,
Estas chicoteadas ferozes de vento quente Mas a angústia reclama mais rasgos de pele,
Na pele. Mais ausências plenas!
Rasgo-me por inteira, Que exorcismo me poderá libertar?…
Como quem perde um filho! Que magistral exorcismo nos poderá libertar?
A Dor maior da existência humana toda em Hoje,
mim! Em meu banquete,
Que se faça silêncio, por favor! Rodopiam como loucas mariposas,
Honremos todas as mães! As palavras, as perdas, o clamor do sangue,
E este temor súbito de ter aqui todas as palavras,
Já nem choque, pranto, riso ou convulsão, Todas serem escassas,
Nem qualquer metamorfose sagrada! Para me poderem suportar!
Calemo-nos então!
Dos meus lábios está acesa uma fogueira.
Já não há nada!
O sabor do meu sangue,
Permanece-me nos lábios,
E nos olhos duas chagas flamejantes,
Em restauro de agonia,
Ou flor,
Ou lilás,