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NO BALOIÇO



                             Ainda hoje me sentei nos bancos da                               Todos os anos se soltaram de mim,

                             minha infância.                                                  E de nós.
                             Tudo foi breve.                                                  Toda a espuma da saudade se incinerou.

                             Aliás, nada poderia já ser de outro                              Se fui algo,

                             modo!                                                            Ainda o sou.
                                                                                              Porém, nada em mim se alterou e tudo se
                             Ninguém reparou!
                                                                                              modificou.
                             E, isto foi realmente o que importou.                            O Tempo meu amor,
                             Fui uma quimera a mais que se levantou.
                                                                                              O Tempo!
                             A cinza do cigarro que, com o vento
                                                                                              Esse, onde ainda cantam alvoradas de jasmim
                             Se evaporou,                                                     Com sabor a enxofre e piano doce,
                             Naquele instante.
                                                                                              Ele encerrará nosso fim.

                             Lembrei de novo, as gaivotas que sempre
                             partem do Cais.


                             Mas, sentei-me mais uma vez nos meus

                             bancos de menina.

                             Não reparaste e sorriste.

                             Ninguém poderia jamais reparar.


                             Tudo é névoa!

                             Tudo é nostalgia!
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