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A BEM AMADA
Perdi-me na madrugada longínqua Perante o trono de Inês,
dos teus olhos, Te suplico!
Onde todas as maçãs
E tu não sabes que me perdi,
Me sabem a sal.
Meu amor,
Perdi-me no silêncio No ardor dos teus passos
E na cruel nudez E não ouso regressar
Da ausência Ao palácio do sol e da chuva,
Que tuas mãos instalam Onde tudo é tão breve.
Perante a penumbra dos sorrisos
tristes. Quero estar nua defronte às palavras,
Silenciar o grito dos corvos no sacrifício
Mas, tu não sabes, que eu sei De todas as palavras,
Que me anestesio no silêncio, E permanecer prostrada perante a bem amada!
Que o quero!
Que o grito!
Quero estar nua defronte às palavras!
Que todos os galhos da benditas
árvores em exílio geradas,
Floresçam,
E me invadam no vinho e no incenso.