Page 21 - Apresentação do PowerPoint
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Infortúnio, que bebeis lágrimas de                             Sois tão infortúnio quanto a morte

                              orvalho                                                        Que em minha alma se derrama
                              Em perfeitas rosas                                             Palavras paridas

                              Não me beijeis os olhos, vos suplico!                          De qualquer dor ou nostalgia.


                              Ando perdida em todos os prantos                               Não me beijeis, vos rogo!

                              Entre sorridentes pétalas

                              No amanhecer do destino                                        Vou no rubro do vento norte
                              E vós ainda enalteceis                                         Rumo aos braços do meu amante,
                                                                                             E deixo-me adormecer
                              Efémeros corpos

                              Qual fogo de artifício                                         Somente
                                                                                             Para contemplar exílios
                              Em debandada!
                                                                                             Paixões concebidas

                              Sou barro cru ao poente                                        Quiçá, em vadias pinceladas
                              Perpetuamente esculpida                                        De poeta, ou revelações de profeta.

                              No bradar dos bravios roseirais

                              Aos ventos da sorte!


                              Deixai-me!


                              Sacudi o pó, e ide!
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