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Infortúnio, que bebeis lágrimas de Sois tão infortúnio quanto a morte
orvalho Que em minha alma se derrama
Em perfeitas rosas Palavras paridas
Não me beijeis os olhos, vos suplico! De qualquer dor ou nostalgia.
Ando perdida em todos os prantos Não me beijeis, vos rogo!
Entre sorridentes pétalas
No amanhecer do destino Vou no rubro do vento norte
E vós ainda enalteceis Rumo aos braços do meu amante,
E deixo-me adormecer
Efémeros corpos
Qual fogo de artifício Somente
Para contemplar exílios
Em debandada!
Paixões concebidas
Sou barro cru ao poente Quiçá, em vadias pinceladas
Perpetuamente esculpida De poeta, ou revelações de profeta.
No bradar dos bravios roseirais
Aos ventos da sorte!
Deixai-me!
Sacudi o pó, e ide!