Page 23 - Apresentação do PowerPoint
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Se me mordeis o sangue
não me esfacelais a carne Decerto, não sabereis
seda selvagem das vozes verdejantes que descem
pelos riachos,
às estrelas oferecida!
nem do ranger da mediocridade
E, nem atenteis contra o vento, por vós idolatrada.
pois não podeis acariciar-me as penas
ao pensamento lapidado Não sou companheira
na migração das andorinhas, da vossa Via Sacra,
decerto não me conheceis…
imponente nos meus claustros
consagrados … nem roubo segredos ao Vento Norte.
Pertenço-lhe!
de desdém!
Sois pobres sanguessugas fustigadas
Nem me beijeis os olhos
de onde escorrem madrugadas desse afrodisíaco fel exaurido
nas máscaras do Poder
de jasmim!
Veneno será para vossos ignóbeis onde queimais incenso
e cegais,
lábios!
pelos salões de prata desnudando lustres
Sabeis vós, dourados
que a lei da transmutação a transbordar o riso da cativa desgraça,
se revolve incessantemente triunfante ó amordaçados da cobiça!
nas noctívagas sombras do meu
silêncio?