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2º Conto: Uma História de amor Compromisso assUmido no plano espiritUal

aquelas que lhe eram outorgadas como sendo parte do que ele teria que
fazer para pagar a comida e a moradia. Sendo que estas condições eram prá-
tica utilizada para todos os chefes de família, que mantinham seus filhos na
labuta árdua a fim de que estes pudessem ter o salário acertado conforme a
época e o valor destinado por eles, os proprietários, bem como as despesas
decorrentes de saúde, de alimentação eram descontadas de acordo com o
número de filhos.

O trabalho realizado pelos familiares contava para que sobrasse algo
para manterem outras despesas pertinentes a cada um deles.

Somente o amor teria o condão de salvar aquelas vidas.

Quando chegava a noite, todos exaustos com o excesso de serviços
impostos pelos pais de Liz, confundiam às vezes o dia com a noite, o cansaço
não permitia que eles tivessem um lazer.

Quando, aos finais de semana e/ou feriados, faziam encontros para to-
carem tambores, para dançarem, conversarem e rirem, quase sempre eram in-
terrompidos por alguém da casa grande, a fim de que interrompessem as festas.

Muitos passaram a criar raiva, ódio e sede de vingança pelas condições
impostas.

A única coisa que salvava a família era a maneira doce, branda, como
Liz, filha dos patrões, os tratava.

Muitas vezes ela participava das festas deles e dançava sempre com Claro.

Certo dia, eles davam uma grande festa em comemoração ao amor, à
liberdade em condições de amizades, pela formatura de Liz, que foi a convi-
dada especial.

Liz, encantada com a homenagem, vestia-se simples como se fosse
uma das empregadas.

Os tambores, as bandeiras, os aparatos que eles tinham na época co-
meçaram a tocar.

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