Page 98 - Cinemas de Lisboa
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Salas de Cinema (à esquerda) e de Teatro (à direita)

                  Passando o vestíbulo da entrada, existia um grande foyer que se desenvolvia por dois pisos. No piso
                  térreo os acessos à sala eram feitos por quatro portas que davam acesso directo às plateias tanto do
                  Cinema como do Teatro.

                  A partir do foyer do 1º andar, além do acesso ao 1º balcão  a partir de duas portas, dava acesso a um
                  vestiário, um toucador para senhoras, ao bar, às instalações sanitárias e á escada que dava acesso ao
                  último piso onde se encontravam a cabine de projecção e o escritório da gerência.  Neste 1º piso,
                  fazendo parte integrante do foyer,  existiam, um salão  de estar e outro de exposições.  Estes
                  equipamentos eram comuns ao Cinema e Teatro.























                                                    Entrada e foyer do 1º balcão

                  A revista  “Imagem”  em 1950 escrevia:  «Um dos mais arrojados empreendimentos dos nossos dias».
                  Podia-se também ler num jornal da época: «Único no seu género em todo o mundo, um luxuoso edifício
                  que, desde as linhas arquitectónicas do exterior á luxuosa comodidade dos seus interiores, oferece o
                  tom moderno e de bom gosto da casa de espectáculos digna de figurara entre as melhores da Europa».

                  Adivinhando as necessidades futuras, esta sala viria a acolher todas as novidades a nível de ecrãs de
                  cinema: ecrã gigante, “Cinemascope”.


                  Grandes  filmes  passaram  por  esta  casa  de  espectáculos  como:  “E  tudo  o  Vento  Levou”  (1939)
                  de  George Cukor, Victor Fleming, Sam Wood; “Os Dez Mandamentos” (1956) de Cecil B. DeMille; “Ben-
                  Hur”  (1959)  de William Wyler;  “Spartacus" (1960)  de Stanley  Kubrick;  "West Side  Story"  (1961)  de
                  Jerome Robbins e Robert  Wise;  “Lawrence de Arábia”  (1962)  de David Lean;  “Cleopatra” (1963)  de
                  Joseph L. Mankiewicz; "My Fair Lady" (1964) de George Cukor; “Doutor Jivago” (1965)  de David Lean;







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