Page 17 - Trabalho do Ir.`. Ap.´. Prof. VALDINEI GARCIA
P. 17
conhecimento, e até mesmo na dicção de uma simples palavra, que por uma convenção
arbitrária atribuímos às letras, palavras e idiomas sons distintos; sujeitos a uma determinada
interpretação. Na vida maçônica esta regra ocupa um lugar de destaque, senão vejamos, assim
que adentramos ao Templo nossos olhos são guiados espontaneamente a todos os símbolos
presentes e dispostos harmoniosamente, assim, de modo a obter um profícuo esclarecimento,
buscamos o início, o significado da própria palavra símbolo.
A “corda de oitenta e um nós” é um símbolo presente nos em todos
osTemplos maçônicos, e é encontrada no alto das paredes, junto ao teto e acima das colunas
Zodiacais, conforme estatuído no REAA. A corda será preferencialmente de sisal, sua
disposição inicia-se com a colocação e a observação do “nó” central dessa corda que deve estar
acima do Trono de Salomão (cadeira do VM) e acima do dossel, se ele for baixo; ou abaixo
dele e acima do Delta, se o dossel for alto, sua significação representa o número UM, unidade,
indivisibilidade, sagrando-se por representar ainda o Criador, princípio e fundamento do
Universo. Dessa forma a corda conta ainda com quarenta “nós”, equidistantes, de cada lado que
se estendem pelo Norte e pelo Sul; os extremos da corda terminam, em ambos os lados da porta
ocidental de entrada, em duas borlas, representando a Justiça (ou Equidade) e a Prudência (ou
Moderação), muito embora existam Templos na França que apresentam cordas com doze “nós”
representando os signos do Zodíaco.
Embora alguns exegetas afirmem que a abertura da corda, em torno da
porta de entrada do templo, com a formação das borlas, simboliza o fato de estar, a Maçonaria,
sempre aberta para acolher novos membros, novos candidatos que desejem receber a Luz
Maçônica, porém a interpretação, segundo a maioria dos pesquisadores, é que essa abertura
significa que a Ordem Maçônica é dinâmica e progressista, estando, portanto, sempre aberta às
novas ideias, que possam contribuir para a evolução do Homem e para o progresso racional da
humanidade, já que não pode ser Maçom aquele que rejeita as ideias novas, em benefício de um
conservadorismo rançoso, muitas vezes dogmático e, por isso mesmo, altamente deletério.
17