Page 48 - Trabalho do Ir.`. Ap.´. Prof. VALDINEI GARCIA
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Para fins de conhecimento, somente com os estudos de Nicolau
Copérnico (1473 – 1543), considerado o fundador da astronomia moderna, foi desenvolvida
sua teoria heliocêntrica, afirmando que a Terra e os demais planetas se moviam ao redor de um
ponto vizinho ao Sol, sendo, este, o verdadeiro centro do Sistema Solar. A alternância entre dias
e noites é uma consequência do movimento que a Terra realiza sobre seu próprio eixo,
denominado movimento de rotação.
Rapidamente, a Igreja Católica se opôs à teoria heliocêntrica, e Copérnico só autorizou a
divulgação de seus dados matemáticos que comprovavam a teoria após sua morte, pois temia
ser condenado por heresia pela Igreja Católica.
Posteriormente, Galileu Galilei, durante o século XVII, reforçou a teoria heliocêntrica e, como
consequência de seu “atrevimento”, Galileu foi julgado pelo tribunal da
Inquisição, tendo como opção negar sua teoria ou ser queimado na fogueira da Inquisição. Sem
muitas alternativas, sua teoria foi negada. A Igreja Católica só aceitou esse modelo de Sistema
Solar em 1922.
Portanto, vários motivos e explicações podem justificar a escolha do modelo de circulação no
templo pela hierarquia maçônica e, nesse caso, todas as unidades maçônicas filiadas à
obediência ficam obrigadas ao cumprimento, vedada a faculdade de escolha por cada loja.
3. Circulação No Templo – GOB – REAA
Sendo a circulação destrocêntrica uma prática de certa forma universal, e, interpretando o
Templo Maçônico como um microcosmo da Terra, é fácil compreender sua adoção no REAA e
em vários outros ritos. Destacaremos a circulação no OCIDENTE e no ORIENTE adotado pelo
REAA.
3.1 Circulação no Ocidente
Quando a circulação ocorre no Ocidente, é feita no sentido destrocêntrico, da esquerda para a
direita, ou seja, no sentido horário, tendo como referência o Painel do Grau que está localizado
ao centro do Ocidente. O giro ritualístico nesse sentido representa o caminho aparente do Sol
em redor da Terra.
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