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geralmente este uso é denominado “prevenção
situacional”. Este tipo de estratégia preventiva
visa tornar mais difícil a ocorrência de crimes
(ou incivilidades) com intervenções ambientais,
como o redesign arquitetônico, a iluminação
pública e também a ação de monitoramento de
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espaços e pessoas .
O Governo Federal já reconheceu a importância do uso de
tecnologias no combate à criminalidade, ao desenvolver programa específico
de Ciência, Tecnologia e Informação direcionado à Segurança Pública. O
objetivo pretendido era “Promover o desenvolvimento e a integração do
Sistema Nacional de C,T&I com as instituições que atuam na área
da segurança pública, objetivando a utilização de técnicas modernas
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no combate à criminalidade” .
Recentemente, o Ministério da Justiça lançou o Plano Nacional de
Segurança Pública, dando especial atenção à utilização de tecnologias para
a prevenção e combate à criminalidade. Na ocasião, o então ministro da
Justiça afirmou:
Vamos implantar e interligar sistemas de
videomonitoramento, a exemplo do que foi feito
nas cidades que sediaram a Copa e os Jogos
Olímpicos, com a participação de toda a
inteligência policial. Será um grande centro de
cooperação de inteligência e de informações que
poderá ser compartilhado com todos os
municípios
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19 ZACKSESKI, Cristina; VIEIRA, Carolina Luiza Sarkis; POLACO, Jussara; et. al. O uso da
tecnologia na segurança pública: um estudo sobre monitoramento eletrônico de liberdade
nos saidões de presos no Distrito Federal. Discursos Sediciosos. Rio de Janeiro, v. 17/18, 2011,
p. 91.
20 MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia. Prioridade estratégica III. Plano de Ação em
Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento nacional. Brasília, 2007, p. 347.
Disponível em <http://www.mct.gov.br/upd_blob/0021/21593.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2017.
21 Disponível em <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-01/plano-de-seguranca-
tera-nucleos-de-inteligencia-nos-estados-diz-ministro>. Acesso em 06 de abr. 2017.
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