Page 104 - Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE _CBPR
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Atendimento Inicial


                          ● Intoxicação por álcool ou droga;

                          ● Problema clínico metabólico.


                      2.2.4.2. Exame das Pupilas

                      Em condições normais as pupilas reagem à luz, aumentando ou diminuindo seu di-
               âmetro conforme a intensidade da iluminação do ambiente. O aumento do diâmetro, ou
               midríase, ocorre na presença de pouca luz, enquanto a diminuição, ou miose, ocorre em
               presença de luz intensa.

                      Quanto à simetria, as pupilas são classificadas em isocóricas (pupilas normais ou
               simétricas), que possuem diâmetros iguais, e anisocóricas (pupilas anormais ou assimétri-
               cas), de diâmetros desiguais.


                      O socorrista deve avaliar as pupilas da
               vítima em relação ao tamanho, simetria e rea-
               ção à luz. Pupilas anisocóricas sugerem trau-
               matismo   ocular   ou   cranioencefálico.   Neste
               caso a midríase em uma das pupilas pode ser
               conseqüência da compressão do nervo oculo-
               motor no nível do tronco encefálico, sugerindo
               um quadro de gravidade.

                      Pupilas   normais   se   contraem   quando
               submetidas à luz, diminuindo seu diâmetro. Se       Fig. 7.10 - Exame segmentar da cabeça. Socor-
               a pupila permanece dilatada quando submeti-         rista verifica se há hematoma retroauricular.
               da à luz, encontra-se em midríase paralítica,
               normalmente observada em pessoas inconsci-
               entes ou em óbito. Pupilas contraídas (miose)
               em presença de pouca luz podem indicar into-
               xicação por drogas ou doença do sistema ner-
               voso central.

                      Se houver depressão do nível de cons-
               ciência e anisocoria, ficar alerta, pois existe o
               risco de parada respiratória. Manter-se atento
               para o “ABC”.
                                                                   Fig. 7.11 - Exame segmentar do pescoço.
                  3.  Abordagem Secundária

                      Finalmente, no passo "E", expor a vítima, à procura de lesões. Entretanto, em nível
               pré-hospitalar, as roupas da vítima só serão removidas para expor lesões sugeridas por
               suas queixas ou reveladas pelo exame segmentar, respeitando seu pudor no ambiente
               público. No hospital, ao contrário, é imperdoável deixar de despir completamente a vítima
               antes de iniciar a abordagem secundária.



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