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Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR


                      ser avaliada, sugerindo haver lesão conforme as queixas da vítima ou o mecanis-
                      mo de trauma.

                          6) Membros inferiores: inspecionar e palpar da raiz das coxas até os pés. Ob-
                      servar ferimento, alinhamento, deformidade, flacidez, rigidez e crepitação. Cortar a
                      roupa onde suspeitar de ferimento ou fratura. Retirar calçados e meias. Examinar a
                      mobilidade articular ativa e passiva. Executar movimentos suaves e firmes de fle-
                      xão, extensão e rotação de todas as articulações. Palpar pulsos em tornozelos e
                      pés. Testar sensibilidade, motricidade e enchimento capilar.

                          7) Membros superiores: inspecionar e palpar dos ombros às mãos. Observar
                      ferimento, alinhamento, deformidade, flacidez, rigidez e crepitação. Cortar a roupa
                      onde suspeitar de ferimento ou fratura. Palpar os pulsos radiais. Testar a mobilida-
                      de ativa e passiva. Executar movimentos suaves e firmes de flexão, extensão e ro-
                      tação de todas as articulações. Testar a simetria da força muscular nas mãos. Veri-
                      ficar sensibilidade, motricidade e enchimento capilar.

                          8) Dorso: realizar a manobra de rolamento a noventa graus para examinar o
                      dorso. Inspecionar alinhamento da coluna vertebral e simetria das duas metades
                      do dorso. Palpar a coluna vertebral em toda a extensão, à procura de edema, he-
                      matoma e crepitação. Terminado o exame do dorso, rolar a vítima sobre a tábua de
                      imobilização dorsal.

                      Após completar o exame segmentar, fazer curativos, imobilizações e outros proce-
               dimentos necessários.

                      Fazem também parte da abordagem secundária os seguintes procedimentos, que
               são realizados por médicos no ambiente hospitalar: radiografias, sonda gástrica, toque re-
               tal, cateterismo vesical e lavagem peritonial.

                      Durante a abordagem secundária, o socorrista deva reavaliar o ABCD quantas ve-
               zes forem necessárias, principalmente em vítimas inconscientes.

                      Após a abordagem secundária, realizar a verificação de dados vitais (ver capítulo
               6) e escalas de coma e trauma.


                  4.  Sinais Vitais e Escalas de Coma e Trauma



                      4.1. Sinais Vitais

                      Avaliar pulso, respiração, pressão arterial e temperatura (ver capítulo 6).


                      4.2. Escala de Coma

                      A Escala de Coma de Glasgow, é baseada na avaliação da abertura dos olhos
               (AO), da melhor resposta motora (MRM) e da melhor resposta verbal (MRV). É uma esca-
               la prática para se avaliar a evolução do nível de consciência da vítima. Para cada um dos



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