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O mau vêzo de buscarem-se preocupações começa sempre por muito pouca coisa e logo cresce até o
tamanho de uma montanha.
Os que sofrem ansiedade tornam-se inúteis para si mesmos e quase imprestáveis para os outros.
É bom nos prevenirmos contra as enfermidades e o infortúnio, que, a não ser assim, nos
surpreenderiam; mas vai grande diferença entre afastar-se para deixar passar uma carruagem e pôr-
se a chorar pelo risco de ser atropelado.
O primeiro é um ato de precaução devido ao raciocínio; o segundo c uma visão de infortúnio criada
por um cérebro fraco.
Evitem-se os erros, a miséria e a desgraça. Não se abandone nenhum dever e adquira-se tudo
quanto honradamente se possa conseguir.
Procurem-se as diversões lícitas e amem-se a verdade e o bem; mas não nos entreguemos à
ansiedade que contém todos os germes que destroem a vida, o coração e o cérebro. Deixemos de
lado a inquietação sem motivo, inimiga da ambição sadia e da felicidade.
Caminhemos para a frente com o firme objetivo de mudar o curso da vida, e o Triunfo será certo.
LIÇÃO XVII
A vontade — Eficácia do magnetismo — Domínio magnético — O pensamento.
A vontade. — Sendo sabido que, para ser magnético, é necessário ter uma confiança ilimitada,
domínio sobre si mesmo e um firme e claro objetivo a realizar, vamo-nos ocupar de outro aspecto
muito importante, que é o estudo da vontade.
Não têm sido devidamente apreciadas as faculdades intelectuais do animal e, muitas vezes, são eles
considerados como desprovidos de inteligência.
A observação, no entanto, nos ensina que entre a mentalidade dos animais e a dos homens há
apenas diferença de grau. Em certos casos não há mesmo nenhuma diferença.
A vontade humana difere da vontade do animal especialmente numa circunstância, a saber: a do
animal é fixa, e quando determina uma coisa procede imediatamente à sua execução. Não retifica as
suas resoluções nem efetua mudança alguma nelas.
Os animais selvagens fogem com a cauda metida entre as pernas, quando, ao primeiro instante, não
logram o seu intento.
A formiga irrita-se e enfurece-se, quando alguma coisa lhe intercepta a passagem.
A explicação desse procedimento consiste no fato de que, havendo resolvido fazer uma coisa, a
vontade do animal se aferra, se fixa na sua determinação e não quer empreender outra ação, ainda
que as circunstâncias a estejam requerendo.
A vontade fixa do animal é a teimosia no homem que, com tal procedimento, não denota fortaleza,
mas, sim fraqueza.
Uma vontade forte é uma força sempre alerta, sempre ativa.