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Se um método não prevalece, busca outro e outro, até conseguir o fim proposto.

            Se sobrevêm obstáculos, a vontade os remove ou, quando não, inutiliza-os, circunvalando o caminho
            até que se torne desembaraçado.

            Uma vontade realmente forte não sabe o que são fracassos nem pode fracassar, porque cria recursos
            apropriados à ocasião e continua sempre para diante.

            O que o seu destino deve ser, cada qual deve determiná-lo por si mesmo.

            "A saúde física e moral, a força, a influência pessoal, a felicidade — diz Durville — não são presentes
            do céu; não os recebe senão quem os merece, pois que se acham por todas as partes na natureza e
            cada um pode tomá-las a seu bel-prazer. A felicidade é um dos sinais mais evidentes de uma
            individualidade forte, mais evolucionada, mais desenvolvida, mais perfeita, ao passo que o infortúnio
            é indício de uma individualidade pusilânime e atrasada."

            Deve-se, porém, aspirar somente àquilo que fôr possível alcançar-se. Se um jovem de clara
            inteligência e razoável habilidade deseja obter um elevado emprego, está perfeitamente de acordo
            com as suas forças, porque, se encaminhar todas as suas energias para esse fim, pode ficar
            racionalmente certo do seu êxito, enquanto que, a um velho inepto, aspirar à mesma coisa seria uma
            toleima.

            "Querer é poder, — disse o escritor acima citado — com a condição de não querer senão o que fôr
            possível e saber fazer uso da vontade."

            Qualquer desejo pode ser realizado dentro de certos limites.

            Um valioso auxílio nesse assunto é a cultura do pensamento na retidão e honradez.

            "Repare bem — diz ainda Durville — que os pensamentos de bondade, benevolência,             alegria,
            esperança, valor e confiança, possuem em si e por si mesmos um poder organizador que assegura
            a nossa saúde física, atrai para junto de nós tudo quanto é bom e prepara a nossa felicidade,
            enquanto que a maldade, o ódio, a indolência, a tristeza, o desespero constituem forças destruidoras
            que arruinam nossa saúde física, nos fazem detestados de quantos nos rodeiam e nos arredam do
            que é bom, preparando-nos assim a infelicidade.

            "As pessoas boas, benfazejas, perseverantes, alegres e cheias de esperanças, são atraentes;
            possuem já a personalidade magnética até um certo grau; e têm naturalmente todas as qualidades
            requeridas para desenvolvê-la rapidamente até um pouco mais elevado. Os malvados devem
            converter-se, senão em bons, pelo menos em melhores. Os desesperados, os que não chegaram a
            coisa nenhuma, devem compreender que o fracasso é devido à sua insuficiência, à sua inépcia, à sua
            ignorância, e devem aprender para obter algum resultado.

            Para estes últimos, a tarefa será mais longa e difícil do que para os primeiros, porque se acham
            menos avançados na jornada da vida, menos evolucionados; mas compreendem, também, que
            podem mudar de caráter, ser melhores, mais simpáticos, mais hábeis e que, então, a felicidade que
            tão obstinadamente se lhes escapara, virá para eles tão depressa quanto maiores forem os esforços
            que empregarem para obtê-la.

            Deste modo encurtarão o caminho que deve conduzi-los ao fim almejado, passando por uma estrada
            mais direita, melhor conservada, mais segura. Lucrarão, assim, um tempo precioso. E, segundo o
            provérbio inglês, — Tempo é dinheiro.
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