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Terceira Parte
            O HOMEM QUE TRIUNFA
            LIÇÃO XX

            O exterior — A resolução — A voz. Circunstâncias precisas — O hipnotismo — As relações — A chave
            do mistério —■ Método indiano para desenvolver a vontade — Exercidos.
            O exterior. — O Professor Clark, tratando definir o Magnetismo Pessoal, diz que é a potência da
            personalidade, a confiança pessoal, o que quer que seja intangível que desperta a confiança dos
            outros em nós.

            Em seguida, mostra que êle não consiste numa bonita presença, num porte esbelto, ainda que tudo
            isso possa contribuir para a sua manifestação.

            Pode haver saúde, formosura e graça, sem que, por isso, haja Magnetismo Pessoal, que é a
            expressão real do eu, do verdadeiro eu, do que restaria quando todos os carmas pessoais fossem
            subtraídos e todos os talentos tangíveis eliminados.

            Abundam, na História, exemplos de pessoas que, despidas de dotes físicos que as recomendassem e
            do prestígio que o nascimento outorga, galgaram, pela força do seu caráter, da sua vontade, do seu
            poder e do seu magnetismo, os primeiros postos no mundo.

            Napoleão, por exemplo, pequeno de corpo, desprovido de aparência notável, nascido em condição
            humilde, não    poderia atirar-se à conquista do mundo e dominá-lo de certo modo, senão pelo
            exercício de certas qualidades que dificilmente seriam bem definidas.

            Madame de Staèl, a menos dotada das mulheres em beleza física, recebeu, por sua encantadora
            personalidade magnética, as homenagens de todos os personagens mais notáveis do seu tempo, e
            foi odiada e desterrada por Napoleão, porque este podia tolerar e suportar interiormente os seus
            belos e ricos corte-sãos, que não possuíam essa personalidade magnética que os tornaria perigosos;
            mas a personalidade magnética de Madame de Staèl levava-o a detestá-la e temê-la mais do que a
            qualquer outra pessoa.

            Como estes, poderíamos citar muitos outros exemplos históricos.

            A resolução. — A exemplo de Outros personalistas, insiste Clark sobre a eficácia da confiança que
            cada um de nós deve ter em si mesmo. Essa confiança podeis consegui-la pela auto--sugestão.

            Começai por tomar uma resolução firme de executar tudo aquilo sobre que tiverdes concentrado o
            vosso espírito." Não desanimeis jamais, não penseis senão em vencer, ainda mesmo nas coisas mais
            triviais.

            Não existe um ato, por mais insignificante que seja, que não encerre o germe de um êxito. Triunfai,
            realizando os vossos projetos, e assim as vossas forças aumentarão. Evitai cuidadosamente que elas
            diminuam, porque sucede, nisto, como com os pensamentos: — ou se subtraem à vossa capacidade
            intelectual ou se somam às coisas que podeis compreender.

            O pensamento no triunfo. Tende sempre o valor de ousar. Alimentai a confiança, alentai-vos com
            aquilo que sois capaz de fazer.

            Criai em vós o poder de sugestionar-vos, â vós mesmos, com sugestões mais fortes que aquelas que
            uma força estranha qualquer pudesse implantar no espírito de outras pessoas.
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