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Ninguém, que fale de modo incoerente, pensa com clareza.
A ação do mecanismo mental pode ser apreciada pelo modo de articular os sons.
As palavras claras e de entonação rica, as orações precisas e incisivas só partem dos lábios daqueles
que pensam com vigor e precisão.
O tom lânguido e arrastado do indiferente, a linguagem desigual e entrecortada do ignorante, o
balbuciar expresso e fastidioso do idiota não são mais do que os primeiros degraus da escada que
sobe da imbecilidade à inteligência superior.
A voz humana é o instrumento mais delicadamente harmonioso que Deus criou, e pode ser educada
até durante o sono.
Pode-se fazê-la expressar toda espécie de emoções na gama interminável das sensações humanas,
desde a maior tristeza ao maior êxtase de alegria.
Ela não só nos mostra o que é o homem, sem que êle o queira, mas também fá-lo mudar, quando se
dedica a cultivá--la e dar-lhe maior beleza e expressão.
O hipnotismo. — Clark insiste, em seguida, sobre a conveniência de praticar o hipnotismo para
desenvolver o Magnetismo Pessoal, porque, diz êle, o hipnotizador que triunfar na prática, o
verdadeiro hipnotista, com um pouco de atenção poderá desenvolver um magnetismo pessoal que
será irresistível.
O exercício do magnetismo favorece o seu desenvolvimento pelas razões seguintes: assegura a
confiança em si mesmo, faz adquirir uma exata e completa compreensão do que é a relação de
homem para homem; põe em atividade a sua influência sobre os outros e experimentalmente ensina
os meios mais eficazes para exercê-la; desenvolve o poder de dar sugestões efetivas e,
demonstrando o império sobre si mesmo, influenciar os outros.
Em síntese, o hipnotismo não é mais do que sugestão, e nisso se assenta a sua identidade com o
Magnetismo Pessoal.
Se quiserdes influenciar os vossos semelhantes, é indispen-' sável que possais implantar-lhes no
espírito sugestões eficientes que levem em si forças em ação.
O hipnotizador precisa conhecer a força da sugestão e saber que, por meio dela, pode dominar os
homens. Dirigindo a sua atenção para êsce objeto e estudando ao mesmo tempo a natureza humana,
logo se habilitará a impor eficazmente as suas sugestões ao espírito de quem quer que seja.
As relações. — Na primeira parte deste livro, já deixamos descritos os característicos da pessoa
magnética e da pessoa não--magnética.
Para cultivar com resultado o magnetismo é, pois conveniente estudá-lo tanto nas pessoas com quem
simpatizamos como naquelas com quem antipatizamos. É necessário descobrirmos, numas
c noutras, as qualidades que nos agradam e as que nos desagradam. Indagarmos com cuidado a
razão da simpatia que sentimos por certas pessoas e da antipatia c repulsão que nos causam outras;
analisarmos por meio de observação esses característicos, discriminá-los bem, separando uns de
outros, para nos aproveitarmos dos bons e rejeitarmos os ruins.