Page 4 - Azeites do Brasil
P. 4
ESPECIAL | AZEITE
Prosperato pretende fechar 2018
com 300 hectares plantados
KluWe dias/divulgação
Outra marca de destaque no segmento olivícola gaúcho é a Pros-
perato. Detentora de diversos prêmios nacionais e internacionais que
certificam a qualidade de seus azeites iniciou sua história por meio da
Tecnoplanta, empresa do ramo de produção de mudas florestais, que
em 2011 passou a produzir também mudas de oliveiras na cidade
de Barra do Ribeiro, na Região Metropolitana do Rio Grande do Sul.
Com a comercialização das mudas, a empresa decidiu investir no
plantio próprio, implantando os primeiros olivais naquela região. No
ano seguinte, a empresa comprou um olival já em produção, e em
2013 lançou o primeiro azeite com a marca Prosperato.
Hoje, a produção soma 280 hectares, em diferentes locais. Na
região metropolitana estão concentrados em Barra do Ribeiro e
Sentinela do Sul, e na Campanha ficam em Caçapava do Sul e em
São Sepé. Conforme o proprietário da Prosperato, Rafael Marchetti,
a produção em 2018 foi de 10 mil litros de azeite, cerca de 25% a
menos que em 2017.
Marchetti destaca que em 2018 a empresa pretende plantar mais
20 hectares de oliveiras, fechando o ano com 300 ha. “Nossa ideia
é manter uma produção constante para termos azeite sempre fresco
para entregar ao consumidor”, frisa o empresário. Hoje, a extração do
azeite se concentra em Caçapava do Sul. Porém, conforme Marchetti, Rafael Marchetti
em aproximadamente dois anos o projeto é construir outro lagar (uni-
dade de processamento) na região Metropolitana, onde a Prosperato
também possui olivais.
Como escolher...
ePamigi/divulgação
O principal diferencial do azeite brasileiro O segundo ponto é observar como esse
é o fato dele ser fresco, ou seja, chega ao azeite está disposto no supermercado. “O
consumidor logo após a sua extração. Isso local onde o produto fica deve ser fresco,
confere ao produto características de frescor com temperatura média de 18ºC. Fuja de
e aromas frutados muito interessantes. “O azeites que ficam expostos a altas tempe-
azeite importado da Europa, por exemplo, raturas. A garrafa é outro fator importante
é transportado em um navio por meses e para preservar a qualidade do produto, que
chega aqui num estado bem diferente do deve ser armazenado em frascos escuros.
que estava na hora do envase. Porém, o A luz é grande inimiga do azeite”, explica.
óleo que é produzido no Brasil em, no má- Vale a pena saber onde o azeite foi produ-
ximo, uma semana pode estar na prateleira zido e onde foi envazado. “Preferencialmen-
sendo vendido. Quanto menor for esse te, optar pelos azeites que foram produzidos
tempo entre colheita, produção, envase e envazados no mesmo local. Isso por que
e comercialização, maior a qualidade do a chance de ocorrer alguma adulteração
azeite”, explica a sommelier de azeites, com durante a viagem é maior do que se ele
certificação concedida pela International tivesse sido transportado em garrafas. Por
Oliveoil Agency, Maria Beatriz Dal Pont. fim, outro ponto muito importante: sempre
O engenheiro agrônomo Luiz Fernando desconfie de azeites de oliva muito bara-
de Oliveira, que coordena o Programa tos. A possibilidade é grande de encontrar
Estadual de Pesquisa em Olivicultura da produtos velhos, que já não estejam com
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Mi- suas características comprometidas”, alerta
nas Gerais (Epamig), explica que na hora Oliveira.
de escolher um azeite, é importante observar
algumas características que indicam que o Classifi cação
produto é de qualidade. Segundo ele, o Azeite extravirgem: deve ter menos
primeiro ponto é optar por azeites jovens. de 0,8% de acidez.
Todavia, essa informação nem sempre está Virgem: de 0,8 a 2%
descrita no rótulo. Nesse caso, a dica é Lampante: acima de 2% (não reco-
buscar no contrarrótulo a data de envase e mendado ao consumo, podendo ser
a data de validade. tóxico e nocivo à saúde).
39