Page 105 - REVISTA MULHERES EDICAO 28 JUN 23 (1)_Neat
P. 105
A italiana Lella Lombardi também participou oficialmente da Fórmula 1. Foto facebook
Em seguida, Filippis foi vice- Também ao The Guardian, a piloto afirmou que mu-
-campeã no campeonato italiano lheres podem competir de igual com os homens. “Mas
e logo em seguida, contratada pela sempre seremos poucas”, ressaltou. Na época, ela tam-
Maserati para disputar corridas bém afirmou que a questão da hegemonia masculina é
pela equipe. Na Fórmula 1, ela ten- devido ao fato que muitos patrocinadores não acreditam
tou se classificar para cinco gran- que uma mulher pode competir de igual para igual. “É
des prêmios. Classificou-se para uma pena, porque haveria muito interesse se tivermos
três deles. A melhor atuação foi em uma mulher na Fórmula 1”, completou.
sua segunda corrida, no GP da Bél- Outra mulher que participou de forma oficial da Fór-
gica quando largou em 15ª e termi- mula 1 foi a também italiana Lella Lombardi. Antes de
nou em 10ª. marcar seu nome na maior competição de automobilis-
Mas, nem tudo são flores. A pri- mo do mundo, ela participou da F3 Italiana e F-Ford
meira mulher no grid de largada México. A primeira corrida na F1 foi no GP da África
da F1 sofreu preconceito. Certa do Sul. Porém, correu algumas voltas e teve de desis-
vez, a precursora da competição tir devido problema com o carro. É considerada a única
ouviu do organizador do GP da mulher que conseguiu pontuar na competição, quando
França, que “o único capacete que disputou o Grande Prêmio da Espanha, em 1975, ela al-
uma mulher deve usar é o do ca- cançou a sexta posição – feito inédito para uma mulher.
beleireiro”. Na ocasião, Filippis foi Naquele ano, Lella Lombardi esteve presente em doze
proibida de correr justamente por etapas das quatorze realizadas, quando correu pela equi-
ser do sexo feminino. pe March-Cosworth. O seu parceiro foi o piloto alemão
104 - Mulheres Ed. 28 Mulheres Ed. 28 - 105