Page 186 - A PÉROLA SELVAGEM - A ave de rapina
P. 186

A PÉROLA SELVAGEM - A ave de rapina, por Luciano Du Valle


             ficações de muitos na infração da lei. Queremos, os Caboclos
             guerreiros, contrabalançar  as qualidades de muitos e peneirar,
             com certeza  de acerto, os números sagrados dos verdadeiros
             anfitriões da casa de Kalamun. Vamos valer na lei de pemba... ô
             que pembá... saravá a Umbanda que acaba de chegar!
                  - A Umbanda que muitos seguem, compreende-se apenas
             o desflagelo de almas perdidas, buscando encontrar-se com a
            Verdade de Kalamun. Os espíritos guerreiros já o conhece há
             muito. Somos os conhecedores da lei maior de Kalamun, o nosso
            Patrono de sempre.
                  - Sai de mim cobra criada! Esta é a verdadeira filosofia
             de Kalamun com os préstimos de louvor aos seus eternos anfi-
             triões. O Caboclo Pena Branca, que vem se apresentar, lembra a
             todos os fundadores da mentira que logo prestaremos contas dos
             serviços distribuídos com um penhor de safadeza. Há desrespeito
             na Casa Santa, então, Kalamun vem cobrar o que de direito lhe
             pertence... Temam!
                  - Ô que Pembê, ô que Pembá é o Caboclo Pena Branca
             quem acaba de falar!


                  Exú  do  Lodo

                  - Santo, Santo, Santo! Três vezes Santo é o nome do Senhor.
                  - Quando vamos enriquecer a alma em vez de enriquecer os
             bolsos? Nas querelas de Ofun, o nosso melhor meio é guerrear
             contra a fome e despertar para a Alquimia Sagrada.
                  - Quando fomos nós dentro da grande Ordem de Kalamun?
                  -  Somos  angelicais  no  sentido  do  agrado,  foi  o  que  pro-
            ferimos anteriormente. Vamos saldar a guarda maior e principal
             dentro das novas leis que nos servem a todos, está bem? Vamos
             prevalecer na Grande Causa que nos absorve, a todos, sem uma
             única distinção. Vamos lá companheiro de batalha, o trabalho
             é árduo, mas conseguiremos, num novo patamar, a alegria e a


                                          186
   181   182   183   184   185   186   187   188   189   190   191