Page 99 - DEUS É SOBERANO - A. W. Pink
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pessoas ímpios, Ele também age da mesma forma sobre po
               inteiros. Notável ilustração desse fato se acha em Êxodo 34,
               — “Porque lançarei fora as nações de diante de ti, e alarg
               o teu território; ninguém cobiçará a tua terra, quando subir
               para comparecer na presença do Senhor teu Deus três vez
               no ano”.  Três vezes ao ano, cada varão israelita,  segundo
               mandamento divino,  deixava  o  seu lar e  sua propriedade  6
               viajava a Jerusalém a fim de celebrar as festividades do Senhor.
               E, no versículo citado, ficamos sabendo que Deus lhes deu a
               promessa  de  que,  enquanto  estivessem  em  Jerusalém,  Ele
               guardaria seus desprotegidos lares, restringindo os desígnios
               e desejos cobiçosos de seus vizinhos pagãos.
                      2.        As  vezes,  Deus  exerce  sobre  os  ímpios  uma
               influência abrandadora, pela qual os dispõe, contrariamente
               às inclinações naturais  deles,  a fazer aquilo  que promove a
               causa divina.
                      Já  aludimos  anteriormente  à história  de  José,  como
               ilustração da influência restringente operada por Deus sobre
              os ímpios.  Notemos agora as experiências de José no Egito,
              como ilustração da afirmativa que Deus exerce uma influência
              abrandadora sobre os maus. A narrativa sagrada afirma que
               “o S enhor era com José”, enquanto este habitava na casa de
              Potifar.  Potifar  viu  que  Deus  era  com  José,  e,  con­
              seqüentemente, “logrou José mercê perante ele, a quem servia;
              e ele o pôs por mordomo de sua casa,  e lhe passou às mãos
              tudo o que tinha” (Gn 39.3,4).  Mais tarde, ao ser José injus­
              tamente lançado na prisão, diz-nos a narrativa que “o Senhor,
              porém, era com José... e lhe deu mercê perante o carcereiro”
              (Gn 39.21); em conseqüência, este muito o honrou e o tratou
              com bondade. Finalmente, após José ser posto em liberdade,
              ficamos sabendo, em Atos 7.10, que Deus lhe concedeu “graça
              e  sabedoria  perante  Faraó,  rei  do  Egito,  que  o  constituiu
              governador daquela nação e de toda a casa real”.
                      Uma outra admirável evidência do poder de Deus em
              enternecer o coração de seus inimigos  se encontra no modo
              como a filha de Faraó tratou o infante Moisés.  O incidente é
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