Page 98 - DEUS É SOBERANO - A. W. Pink
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Operação                                                93

           instruções para que ela se declarasse sua irmã.  Abimeleque,
           pensando que Sara fosse solteira, mandou trazê-la para junto
           de si. Então vemos como Deus exerceu seu poder para proteger
           a honra de Sara:  “Respondeu-lhe Deus em sonhos:  Bem sei
           que com sinceridade de coração fizeste isso; daí o ter impedido
           eu de pecares contra mim, e não te permiti que a tocasses”
           (Gn 20.6). Não fosse a intervenção divina, Abimeleque teria
           irazido sobre Sara grave opróbrio; mas o Senhor o impediu,
           não permitindo que Abimeleque cumprisse a intenção do seu
           coração.
                  Acontecimento semelhante se vê na maneira como os
           irmãos  de  José  o  trataram.  Devido  à  preferência  que  Jacó
           tinha por esse filho,  os irmãos de José o odiavam e,  quando
           imaginaram que o tinham sob o seu poder, “conspiraram contra
           ele para o matar”  (Gn 37.18).  Mas Deus não permitiu que
           eles  cumprissem  os  seus  maus  desígnios.  Primeiramente,
           convenceu Rúben a libertar José das mãos de seus irmãos e,
          então,  levou  Judá  a  sugerir  que  José  fosse  vendido  aos
           ismaelitas  que  por  ali passavam;  e  estes  o  levaram  para  o
          Egito.  Foi Deus quem,  deste modo,  restringiu os irmãos de
          José;  e isto se torna evidente das próprias palavras de José,
          quando, anos mais tarde, revelou sua identidade a seus irmãos
          e disse:  “Não fostes vós que me enviastes para cá,  e,  sim,
          Deus”  (Gn 45.8).
                  A  influência  restringente  que  Deus  exerce  sobre  os
          ímpios se exemplifica de modo notável na pessoa de Balaão,
          o profeta subornado por Balaque para amaldiçoar os israelitas.
          Não  se  pode  ler  a  narrativa  inspirada  sem  descobrir  que,
          deixado a agir por conta própria, Balaão aceitou prontamente
          e de bom grado a oferta de Balaque. Porém, Deus lhe restringiu
          os impulsos do coração como se vê no que ele próprio disse:
          “Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como
          posso denunciar a quem o Senhor não denunciou?... Eis que
          para  abençoar  recebi  ordem;  ele  abençoou,  não  o  posso
          revogar”  (Nm 23.8,20).
                 Deus  não  só  exerce  influência  restringente  sobre
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