Page 96 - DEUS É SOBERANO - A. W. Pink
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          do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (At
          4.33).  O  mesmo  aconteceu  ao  apóstolo  Paulo:  “A  minha
          palavra  e  a minha pregação  não  consistiram  em linguagem
          persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e
          de poder” (1 Co 2.4). Mas o escopo desse poder não se limita
          ao serviço, pois lemos em 2 Pedro 1.3:  “Visto como pelo seu
          divino poder nos têm sido doadas todas as cousas que condu­
         zem à vida e àpiedade, pelo conhecimento completo daquele
          que  nos  chamou para  a  sua própria  glória  e  virtude”.  Por
          isso, as várias graças do caráter cristão,  “amor, alegria, paz,
          longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
          domínio próprio”  são atribuídas diretamente  a Deus,  sendo
         chamadas de “o fruto do Espírito” (G15.22; comparar com 2
          Co 8.16).



                 3.        Deus exerce sobre seus eleitos uma influência ou
         poder orientador.

                 No passado, Deus guiou seu povo através do deserto,
         dirigindo o andar deles por meio de uma coluna de nuvem,
         durante o dia, e de uma coluna de fogo, durante a noite. Hoje
         Ele continua a orientar seus santos, com a diferença que agora
         opera neles interiormente.  “Este é Deus, o nosso Deus para
         todo o sempre;  ele será nosso guia até à morte”  (SI 48.14).
         Porém, Deus nos guia operando em nós o querer e o efetuar
         a sua boa vontade. As palavras do apóstolo, em Efésios 2.10,
         mostram claramente  que  é  assim mesmo  que  o  Senhor nos
         guia:  “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para
         boas  obras,  as  quais Deus  de antemão preparou para  que
         andássemos nelas”. Desta forma, é removida toda a possibi­
         lidade de jactância humana, e somente o Senhor recebe toda
         a  glória,  pois  temos  de  dizer juntamente  com  o  profeta:
          “Senhor, concede-nos a paz, porque todas as nossas obras tu
         as fazes por nós”  (Is 26.12).  Então, quão verídica é a decla­
         ração:  “O  coração  do  homem traça  o  seu  caminho,  mas  o
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