Page 21 - Revista escriba (primeira ediçao)
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PERDIDO LIVRO
sempre me verbo à beira dum descobrimento
navegando em minhas águas astrológicas
repletas de corais
constelação de cão maior
sal lunar
e azul psíquico
verbo marítimo
e molecular
infinito indefinido
traçando mapas de dentro
cruzando as horas
luz que não se
apaga
onde tudo é nevoeiro
e a incerteza é a fome
que persegue esse nada-inteiro
uma palavra apenas
e me embarco
meu coração
é um barco-relógio
atravessando o atlântico
o retorno
a vinda
o reencontro
a repartida
para saber quem sou
(Michelle C. Buss)