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P discussões, mas conseguem superá-las muito mais rápido agora. Quando tudo volta
P
ao normal, Luke freqüentemente diz: "Sabe, estou feliz por termos conversado a
respeito disso." As discussões passaram a ser mais produtivas quando um deixou
de julgar o outro e procuraram entender as diferenças.
Jesus nos advertiu das armadilhas que encontramos ao julgar os outros. Ele sabia
que nossos julgamentos se baseiam em informações distorcidas por nosso modo de
ser e que não correspondem necessariamente à realidade. Precisamos acreditar que
sabemos a verdade completa a respeito das coisas e das pessoas para nos
sentirmos seguros, achando que dominamos completamente a situação e que nada
novo virá nos perturbar. Esse temor do desconhecido é à base da intolerância. Ele
nos leva a julgar e rotular pessoas e coisas. Quando sentimos esse tipo de medo,
condenamos o que não compreendemos.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: Ao julgar os outros, nós nos condenamos.
LIVRANDO-NOS DA AUTOCONDENAÇÃO
"Deus não enviou seu Filho ao mundo para condenar o mundo.”
João 3:17
Kirsten começou a se tratar comigo porque estava sabotando a sua carreira e não
conseguia entender por quê. Ela tinha conseguido chegar ao topo da organização e
agora não conseguia trabalhar, ficava paralisada devido ao crescente pânico de ser
demitida. Estava quase incapacitada por sentimentos de insegurança.
Foram necessários vários meses, mas finalmente conseguimos entender em parte
por que ela estava arruinando o seu sucesso. Kirsten não se sentia orgulhosa por
causa das suas realizações. Na verdade, ela não sentia nenhum orgulho de si
mesma. Sua auto estima era baixíssima e ela tentava compensar este sentimento
com o sucesso empresarial e a riqueza material. Procurava parecer boa externa-
mente porque acreditava que era má por dentro. Estava nas garras da
autocondenação.
Kirsten passou a infância tendo que lidar com uma mãe alcoólatra e tentando
esconder do mundo a vergonha que sentia. Vivia quase o tempo todo assustada ou
envergonhada. A experiência foi traumatizante demais e, apesar de a mãe ter
parado de beber quando Kirsten era adolescente, ficaram marcas profundas.
Ela achava que sentia ódio de si mesma devido à maneira como se sentia com
relação à mãe. Acontece que não era a si mesma que ela odiava e sim à mãe.
Apesar dos horrores e humilhações por que passara quando criança, Kirsten jamais
se permitira sentir raiva da mãe. Era como se tivesse o dever de enfrentar os
problemas e fazer as coisas parecerem normais. Mas a verdade é que ela sempre
se culpara pelos fracassos da mãe. Acreditava que se tivesse sido uma criança
melhor, sua mãe não teria precisado beber, e acabou acreditando que não merecia
que a mãe se esforçasse para cuidar dela. Enquanto condenou-se por causa da sua
infância miserável, Kirsten teve a certeza de não merecer ter sucesso na vida.