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P Quando Kirsten começou a perceber o que estava acontecendo, as coisas
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mudaram. Quando se condenava, era como se o fracasso na vida fosse inevitável.
Acreditou que nunca teria sucesso, e ponto final. Quando tomou consciência de que
"nunca terei sucesso" não era um fato real, mas apenas uma crença criada por sua
experiência de vida, começou a melhorar. Os fatos não mudam, mas as crenças,
sim.
Agora ela sabe que acreditou no seu fracasso durante anos e que as convicções
podem mudar. Está criando novas idéias a respeito de si mesma e passando pelo
processo de perdoar a mãe pelo que ocorreu na infância. Mas para isso foi
necessário que ela tomasse consciência do ódio que sentia pela mãe.
Jesus sabia que as pessoas são salvas ou destruídas com base no que acreditam, e
a autocondenação é uma dessas crenças destrutivas. Kirsten passou a esforçar-se
para sair dessa situação causada pela força de sua crença. A parte mais difícil da
terapia foi fazê-la descobrir que ela se condenava e se sabotava não por fatos reais,
mas por causa do que acreditava ser verdadeiro a seu respeito. Quando ela
percebeu isso, sua capacidade de mudar manifestou-se muito mais rápido.
Todo mundo sente-se mal às vezes com relação a coisas que fez, mas algumas
pessoas sentem-se mal a respeito de quem são. Elas se condenam e se tornam
autodestrutivas se não descobrirem como mudar suas convicções com relação a si
mesmas. Apresentar-lhes fatos raramente muda a atitude de autocondenação. Jesus
ensinou que as crenças são modificadas pela fé e não pelos fatos. Ele não veio no
unindo para condená-lo. Ele não queria que as pessoas se sentissem mal a respeito
de si mesmas; em vez disso, desejava que elas se sentissem amadas por Deus.
Jesus sabia que é saudável nos sentirmos às vezes culpados para podermos
reparar nossas faltas e aprender com elas, mas que a autocondenação resulta na
crença de que sermos maus é um fato absoluto que não pode ser mudado. A
autocondenação não é humildade, é humilhação. Jesus queria que as pessoas se li-
vrassem da condenação e não que ficassem presas a ela.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: A autocondenação envolve a crença em uma mentira a
respeito de nós mesmos.
A VERDADE NÃO É RELATIVA
"Que o vosso 'Sim' seja 'Sim' e o vosso 'Não' seja 'Não'."
Mateus 5:37
A Sra. Parker telefonou-me em pânico. Seu filho, Nathan, tinha abandonado o
segundo grau e sido preso por estar dirigindo embriagado. Ela temia que a vida dele
estivesse ficando cada vez mais sem limites. Após alguns minutos de conversa,
convidei a família inteira para fazer terapia.
O Sr. e a Sra. Parker tinham uma única diretriz com relação à Nathan: "Só queremos
que ele seja feliz." Achavam que estavam investindo em sua felicidade quando, em
vez de colocar limites quando ele era criança, ofereciam-lhe alternativas para que
escolhesse. Por exemplo, em vez de determinar uma hora fixa de dormir quando o
filho estava na escola primária, perguntavam: "Nathan, você quer ir dormir tarde e
ficar cansado amanhã o dia inteiro ou prefere ir dormir agora e se sentir descansado