Page 147 - O vilarejo das flores
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inventei tudo àquilo. Aimeé sempre quis chamar atenção...
—Não posso mais acreditar no que você fala. Por isso nosso
compromisso está desfeito. – Francis disse isso friamente, deu a volta
no cavalo e saiu à galope.
Bibiana e Daelia caíram de joelhos aos prantos. Gregor
berrava insultos contra Francis, mas este nem se abalou com isso.
Lembrou no caminho de seus encontros com Aimeé e disse para os
outros: - Tive uma ideia. Sigam-me.
Aimeé estava sentada nas pedras no alto da cachoeira e
olhava a queda d’água com o olhar vazio. Pensativa, procurava um
conforto para o que sentia, mas não encontrava nada que a fizesse
melhorar. Num súbito de raiva, levantou-se e gritou:
—Grande Mãe, Deus! Já não sei como se chama. Porque fez isso
comigo? Porque me deu todos àqueles sinais, quando não eram
verdadeiros? Porque meus pais queriam me tirar essa criança? Essa
criança é minha. Só eu posso decidir o que fazer. O que eu fiz de
errado? Fiz tudo que você sempre me pediu: trabalhei com amor,
carinho, cuidei dos animais como meus irmãos, ajudei a todos,
sempre respeite meus pais, levei sua palavra onde quer que eu fosse.
Porque eu não pude ter o único homem a quem eu amava?
Aimeé sentia seu estômago afundar com se algo o corroesse.
Os sentimentos confusos de raiva, medo, ciúme e desespero
misturavam-se em seu coração. A angústia cegou seus olhos, o
desespero tirou-lhe a fé e o medo a paralisou. Sem poder para
suportar tanta dor olhou com a visão marejada novamente a queda
d’água e achou convidativo. Neste instante fechou os olhos e jogou-
se.
Francis e os outros já chegaram tarde demais. Zaquiel
segurava o corpo da filha e chorava que nem uma criança que
perdera a mãe. Francis gritava o nome de Aimeé e o pranto sufocava
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