Page 78 - O vilarejo das flores
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planos sofreriam alterações.
               Na casa de Aimeé as coisas estavam ficando estranhas entre

        ela e a mãe. Brigida precisava ir ao mercado, mas como a filha não
        parava em casa para ir com ela, pediu a Zaquiel.  Eles passavam em
        frente ao boteco onde se encontrava Omar. De repente, ele foi atirado
        de dentro do boteco pelo dono.

        —Seu mentiroso! - gritou o dono-Volte quando tiver dinheiro!
               Todos da rua pararam para ver a cena e Omar gritou
        embriagado:
        —Mentiroso? Eu estou rico! – falava ele cambaleando em pé-Meu

        filho está enrabichado pela menina mais rica do vilarejo, Aimeé.
        —O que?- Zaquiel sentiu seu rosto queimar e a raiva subir. Seu
        primeiro impulso foi dar um soco em Omar, mas se conteve.
               Omar olhou para o lado e ao reconhecer Zaquiel, continuou:

        —Olha ele aqui! O sogrinho de ouro! Olha? Diga para o dono que
        você quem paga tudo agora. Afinal somos quase parentes. - disse
        Omar enrolando a língua.
               Todas as pessoas da rua pararam para ver o que acontecia.

               Brigida estava perdendo a cor e Zaquiel enfurecido avisou
        com rispidez:
        —Meça suas palavras senhor! Está falando de minha filha.
        —Sim, eu a conheço. - disse o velho colocando a mão no ombro de

        Zaquiel – Ah! Vocês não sabiam? Bem, meu filho mais velho está
        com sua filha. Eu não sabia como ele tinha comprado uma vaca e
        estava ganhando tanto dinheiro, mais agora entendi. Agora você
        pode dar um pouquinho para mim...?

               Omar sentiu o rosto queimar e quando percebeu estava no
        chão. Zaquiel havia lhe dado um soco.
        —Como ousa falar da minha filha, seu bêbado maluco!- esbravejava
        Zaquiel.

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