Page 27 - Propedeutica Geral - Caso 5
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e a fadiga. A performance reduzida das atividades do cotidiano é devido a esses e
outros sintomas presentes na EM, influenciando diretamente a qualidade de vida do
paciente (ASTUDILLA et al., 2011).
Os principais fatores desencadeadores da fadiga na EM são desconhecidos,
mas ela se faz presente em 75 a 90% dos pacientes acometidos com esclerose
múltipla, sendo assim o sintoma mais grave e incapacitante em cerca de 40% dos
pacientes (LEBRE et al., 2007).
Hipotireoidismo (CID-10 E03)
De acordo com Brenta (2013), das doenças endócrinas, o hipotireoidismo é
uma das mais comuns, sendo caracterizado por uma deficiência de produção do
hormônio pela glândula tireóide. A forma moderada do hipotireoidismo
(hipotireoidismo subclínico) dificilmente apresenta sinais ou sintomas. Pode-se definir
hipotireoidismo como um estado clínico causado pelos níveis insuficientes de
hormônios circulantes da tireóide para suprir uma função orgânica normal.
Fadiga é uma das queixas mais frequentes em doenças da tireoide, o que não
é surpresa pelo Eixo Hipotálamo-Hipófise-Tireóide estar envolvido na administração
fisiológica da demanda de energia, e os receptores do hormônio da tireoide estão
presentes em vários tecidos corporais, incluindo o cérebro (FISCHER et al., 2018).
Segundo Louwerens (2012), a diminuição das capacidades neurocognitivas, a
fadiga e sintomas relacionados a, como a diminuição das capacidades de realização
de afazeres, estão entre os sintomas mais persistentes em pacientes com
hipotireoidismo. Sua prevalência é de 1% a 10% em adultos, em diferentes estudos.
Há aumento na prevalência com a progressão da idade, chegando a valores próximos
a 20% em mulheres com mais de 60 anos (TEIXEIRA et al., 2006).
Síndrome da fadiga crônica (CID-10 G93.3)
O início da síndrome da fadiga crônica (SFC) ocorre de modo geral entre os 20
e os 40 anos de idade e o número de mulheres afetadas é significativamente maior
do que o de homens. Essa síndrome traz consigo uma grande complexidade de
diagnóstico e é fortemente caracteriza pela presença de fadiga intensa de pelo menos
seis meses de duração (ZORZANELLI, 2010).