Page 196 - Fortaleza Digital
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Tankado confiava nele.
Strathmore não sabia o que dizer.
- Interrompa a execução do TRANSLTR - pediu Susan outra vez. - Já
temos North Dakota. Chame a segurança interna. Vamos sair daqui. Strathmore
levantou a mão, pedindo silêncio para que pudesse pensar por um instante.
Susan olhava, nervosa, na direção do alçapão. A abertura estava fora do seu
campo de visão, mas o brilho avermelhado se espalhava pela cerâmica polida
como fogo sobre gelo. Vamos, chame a segurança. Interrompa o TRANSLTR.
Nos tire daqui!
Strathmore finalmente decidiu o que fazer.
- Siga-me - ele disse, partindo em direção à portinhola. - Comandante!
Hale é perigoso! Ele...
Mas Strathmore já havia sumido na escuridão. Susan apressou-se para não
perder sua silhueta de vista. O comandante deu a volta por trás do TRANSLTR e
chegou até a abertura no chão. Examinou o poço 219
enevoado. Silenciosamente, olhou em volta para o salão da Criptografia,
mergulhado em escuridão. Então agachou-se e, com esforço, levantou a pesada
tampa do alçapão. Ela descreveu um arco curto e, quando ele a soltou, caiu
ruidosamente sobre a abertura, fechando-a com um ruído seco. A Criptografia
voltou a ser uma caverna silenciosa e escura. Aparentemente North Dakota
estava aprisionado. Strathmore girou a pesada tranca manual. A porta foi
lacrada. O subsolo estava novamente isolado.
Nem ele nem Susan ouviram o leve ruído de passos na direção do Nodo 3.
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CAPÍTULO 60
Meio-a-Meio foi na direção do corredor espelhado que servia como passagem
entre o pátio e a pista de dança. Quando se virou para ver como estava seu
alfinete de segurança no espelho, sentiu um vulto se aproximando por trás. Virou-
se, mas era tarde. Um par de braços sólidos como uma rocha colaram seu rosto
contra o espelho na parede. O punk tentou se virar.