Page 194 - Fortaleza Digital
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O italiano riu, duvidando que ele estivesse falando sério.
- Dov' é la plata? Onde está o dinheiro?
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Becker puxou cinco notas de dez mil pesetas do bolso e mostrou para ele. O
italiano olhou para o dinheiro, depois para sua namorada. A menina pegou as
notas e colocou dentro da blusa.
- Grazie! - disse o italiano, sorridente. Jogou as chaves da Vespa para Becker.
Depois puxou sua namorada pela mão e saíram correndo para dentro do prédio.
- Aspetta! Espere! - gritou Becker. - Eu queria uma carona!
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CAPÍTULO 59
Susan segurou a mão do comandante Strathrnore, que a puxou para fora da
escada, de volta ao salão da Criptografia. A imagem de Phil Chartrukian morto
sobre os geradores estava gravada em sua mente e a idéia de que Hale estava
agora se escondendo nas entranhas da Criptografia a deixava tonta. A verdade
era incontestável: Hale havia empurrado Chartrukian.
Susan andou, cambaleante, em direção à porta principal da Criptografia
- a mesma por onde havia entrado horas atrás. Batia freneticamente no teclado
sem energia, mas a maciça porta giratória não se movia. A Criptografia havia se
transformado em uma prisão, e Susan estava dentro dela. O domo era como um
satélite a 100 metros do complexo principal da NSA, e a única entrada era a
porta principal. Como a Criptografia gerava sua própria energia, o quadro de
alarmes principal provavelmente nem teria sinalizado que estavam com
problemas.
- A força principal caiu - disse Strathmore, vindo em sua direção. - Estamos
usando os geradores auxiliares.
O sistema de geradores auxiliares da Criptografia fora desenhado para que o
TRANSLTR e seus sistemas de resfriamento tivessem precedência sobre todo o
resto, inclusive a iluminação e o controle das portas. Dessa forma, uma falta de
energia não iria interromper o trabalho do TRANSLTR durante uma operação
importante. Também significava que seu sistema de resfriamento a gás fréon